O relatório atribui para cada país uma pontuação que varia do 0, equivalente a "altamente corrupto", ao 100, que representa o "muito íntegro". A pior colocada no ranking de 2023 é a Somália, com 11 pontos; na outra ponta, a Dinamarca é a melhor colocada, com 90 pontos.
A Transparência Internacional elenca pontos positivos e negativos no combate à corrupção no Brasil em 2023. Como destaques negativos, a entidade cita "o fortalecimento do chamado Centrão, através da adaptação e manutenção do esquema do orçamento secreto e loteamento de espaços de poder". A insegurança jurídica, por meio de decisões controversas e monocráticas no Supremo Tribunal Federal (STF), também é criticada. Como exemplo, a Transparência Internacional cita a anulação do ministro Dias Toffoli dos acordos de leniência da Odebrecht.
Segundo a entidade, um dos principais avanços do último ano foi a aprovação da reforma tributária, sobre a qual incide "potencial de impacto estrutural anticorrupção". A investigação corrente da Polícia Federal (PF) contra um suposto aparato paralelo na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), por sua vez, também representa uma avanço.
CGU recebe pesquisa com 'cautela'
Em nota à imprensa, a Controladoria-Geral da União (CGU), órgão cuja principal atribuição é o prevenção e o combate à corrupção no governo federal, diz que "trabalha diariamente para identificar e corrigir riscos de corrupção em políticas públicas, contratações e outras ações do Estado".
O relatório da Transparência Internacional, segundo a CGU, "reconhece importantes avanços no âmbito do controle social, da transparência e do acesso à informação". A Controladoria, no entanto, ressalta que os resultados da pesquisa "devem ser vistos com cautela". "A corrupção é um fenômeno complexo e nenhum indicador consegue medir todos os seus aspectos", diz o órgão público.
Saiba mais sobre a metodologia da pesquisa
O ranking da Transparência Internacional é elaborado por meio de um cruzamento de até 13 fontes de dados. As percepções levadas em consideração variam desde profissionais do mercado a especialistas em gestão pública. Avaliações do Banco Mundial e do Fórum Econômico Mundial, por exemplo, fazem parte da base de dados levada em consideração.
(Com Agência Estado)
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