Os bombeiros usaram equipamentos de escalada e rapel para ter acesso ao corpo, como mostram imagens do resgate. A morte do empresário ainda não foi esclarecida e é investigada como morte suspeita.
O Corpo de Bombeiros montou uma estrutura usando um sistema de ancoragem, cordas, cintos de segurança, mosquetões e travas de queda para que o agente pudesse descer com segurança. O bombeiro também usou trajes de segurança, como capacete, máscara e luvas. Ele teve as pernas entrelaçadas com cordas e travas para suportar seu peso e o do corpo do empresário.
Um descensor foi usado no deslocamento do agente para o interior do buraco: ele prendeu o corpo da vítima ao seu e foi guindado para fora da fenda. O buraco tem 45 centímetros de diâmetro por 3 metros de profundidade.
Sem calça e tênis
A morte do empresário intriga familiares e amigos. Conforme a Secretaria da Segurança Pública (SSP-SP), todas as circunstâncias do caso são apuradas pelo Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), que investiga o ocorrido como morte suspeita.
Quando foi visto pela última vez, Adalberto trajava calça jeans, jaqueta, tênis e capacete. Ao ser retirado do buraco, ele estava sem as calças e o par de tênis. O capacete que ele usou no evento com motocicletas que acontecia no autódromo estava no local, assim como a carteira o celular de Adalberto.
Informações dadas à polícia por familiares indicam que não houve movimentação na conta bancária do empresário após seu desaparecimento.
Adalberto desapareceu na noite de 31 de maio, após participar do "Festival Interlagos 2025: Edição Moto", realizado no autódromo. Às 20h30, ele conversou com a esposa pelo celular e saiu em direção ao estacionamento do autódromo, onde havia deixado seu carro. Como não chegou em casa e não fez contato, a família acionou a polícia.
O caso passou a ser investigado pela Delegacia de Pessoas Desaparecidas do DHPP. O corpo foi encontrado quatro dias depois no buraco de uma obra da prefeitura no autódromo, sem marcas aparentes de agressão ou violência. A família o reconheceu. A prefeitura informou que a obra estava cercada com tapumes.
O caso passou a ser investigado pelo 87º Distrito Policial (Vila Pereira Barreto), com apoio do DHPP. Uma perícia preliminar apontou que o empresário morreu entre 36 e 40 horas antes de ser encontrado. A polícia trabalha com a hipótese de que o empresário não caiu acidentalmente no buraco, mas teve seu corpo colocado na fenda.
Além da necropsia feita no Instituto Médico Legal (IML) para identificar a causa da morte, a polícia pediu exames periciais e toxicológicos, que ainda estão em elaboração. A investigação ouviu testemunhas e analisa imagens de câmeras instaladas nos acessos do autódromo e nas imediações. Até o momento, nenhum suspeito foi identificado.
Quem era o empresário
Adalberto Amarilio dos Santos Junior tinha 35 anos, era casado e se apresentava nas redes sociais como empresário e optometrista - profissional apto a realizar exames oftalmológicos básicos e prescrever óculos de graus.
Ele trabalhava em uma ótica que tem unidades em Osasco e Barueri, na Grande São Paulo. Em suas páginas, Adalberto postava imagens de viagens de moto e pilotando kart, modalidade pela qual dizia ser três vezes campeão paulista.
(Com Agência Estado)
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