Sexta-feira, 03 de Maio de 2024
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png
dolar R$ 5,11
euro R$ 5,49
libra R$ 5,49

00:00:00

image
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png

00:00:00

image
dolar R$ 5,11
euro R$ 5,49
libra R$ 5,49

Artigos Quarta-feira, 04 de Fevereiro de 2015, 08:45 - A | A

facebook instagram twitter youtube whatsapp

Quarta-feira, 04 de Fevereiro de 2015, 08h:45 - A | A

O PMDB e os tempos de guerra

No ano que passou o eternamente dividido PMDB conflitou e ganhou corpo o grupo dos descontentes e excluídos das decisões governamentais

JOÃO EDISOM



Facebook

O PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro) assinalou no dia 01 de fevereiro de 2015 (data das eleições das mesas diretoras do legislativo) que vai começar a guerra política no Congresso Nacional e ela deve atingir em cheio o Palácio Alvorada. O PT e a presidente Dilma estarão em papos de aranha.


Este partido que deu vitórias ao PT da presidente Dilma e até então eram parceiros de toda hora. Para entendermos este desfecho que é mais um inicio de tempestade que qualquer outra coisa precisamos voltar no tempo e lembrarmos dos bastidores das convenções para as eleições que se passaram (2014).

No ano que passou o eternamente dividido PMDB conflitou e ganhou corpo o grupo dos descontentes e excluídos das decisões governamentais. Isso em dado momento equilibrou as forças dentro do partido. A luta entre os descontentes e os acomodados no governo da petista virou guerra nos bastidores, batalha esta momentaneamente vencida pelos governistas.

Ocorre que após tentarem, sem sucesso, romper com a aliança para a eleição de 2014, os revoltosos sentiram que seriam prejudicados no pleito, pois iriam lhes faltar palanque e, principalmente, dinheiro para a campanha. Em função disso resolveram ir para a eleição juntos, “unidos”. Até que a eleição revolva a batalha.

A eleição em geral foi favorável aos descontentes com a aliança com o PT. Ganhou força. E ai tanto na Câmara dos Deputados, onde foram as urnas todos os 513 membros, como no Senado, onde um terço dos seus membros também tiveram que passar pelo crivo das urnas, ao contrário dos palacianos que tiveram dificuldades para voltar os descontentes, conseguiram ampliar seu grupo.

O resultado disso é que na Câmara dos Deputados o grande desafeto da presidente Dilma e seus aliados, deputado Eduardo Cunha, foi eleito em primeiro turno com sobra de votos. E no Senado, embora Renan Calheiros tenha saído vitorioso, teve que aturar uma candidatura dentro de seu próprio partido que recebeu 34 votos dos 81 possíveis. Isso porque a eleição do ano anterior foi só para um terço. Se fosse a de dois terços, que deverá ocorrer em 2018, fatalmente teria levado o palácio a derrota também.

O que significa tudo isso? Bem, o PMDB tem o vice-presidente (Michel Temer), o presidente do Senado (Renan Calheiros) e o presidente da Câmara dos Deputados (Eduardo Cunha). Só por isso o PT já está refém. E mais que isso: sem a maioria dos congressistas, o parlamento saiu do controle do Palácio Alvorada em meio a um conjunto de denúncias, crises e reformas importantes.

O ano promete fortes emoções. Resta saber se o PT e a presidente Dilma terão folego para suportar tamanha pressão que terão que aguentar não só da hoje mais fortalecida oposição, embora ainda incompetente por natureza, somada aos arroubos de seus aliados desertores. É esperar para ver. Mas a guerra está declarada.

*JOÃO EDISOM é Analista Político, Professor Universitário em Mato Grosso e colaborador do HiperNotícias

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.

Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.

Siga-nos no TWITTER e acompanhe as notícias em primeira mão.

Comente esta notícia

Algo errado nesta matéria ?

Use este espaço apenas para a comunicação de erros