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Artigos Quarta-feira, 10 de Setembro de 2025, 09:17 - A | A

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Quarta-feira, 10 de Setembro de 2025, 09h:17 - A | A

GABRIEL NOVIS

O banco traseiro do automóvel

GABRIEL NOVIS NEVES

Como meu pai nunca comprou um automóvel, nas poucas vezes que as crianças lá de casa tinham oportunidade de um passeio, era uma farra. 

Todos se ajeitavam no banco de trás com a minha mãe e meu pai ia ao lado do motorista, às vezes com o menor no colo.

Era para bem aproveitar a carreira do automóvel, cara aos bolsos do meu pai.

O estacionamento dos taxis era ao lado do bar, onde os motoristas aproveitavam o telefone e mictório, serviços não disponibilizados pela prefeitura.

Papai tinha os seus prediletos: os carros bem espaçosos e preços mais camaradas.

A corrida mais longa era para levar alguém ao aeroporto — que ficava onde hoje está o Shopping Estação — bem distante do centro da cidade onde todos moravam.

Lembro-me de março de 1952 quando embarquei em um DC-3 para o Rio de Janeiro para estudar Medicina.

Éramos oito filhos, sendo que a menor tinha apenas dois meses de vida e o caçula dos homens — dois anos.

Estes ficaram em casa dormindo com a babá.

Saíamos de casa ainda às escuras rumo ao aeroporto e embarcávamos num avião ‘pinga-pinga’ chegando ao Rio ao anoitecer.

O banco traseiro do automóvel era cenário de cochilos infantis, confidências de namorados e conversas de família em viagens longas.

E o motorista de taxi era o guardião das novidades da cidade.

Hoje os táxis foram em grande parte substituídos pelos modernos Ubers.

E também são mais econômicos e não tem ponto.

São chamados por aplicativos do celular e já vem com o preço do destino.

Os Ubers servem de emprego a muitos profissionais de cursos superiores recém-formados, e é sempre interessante conversar com eles durante a corrida.

Descobri histórias fantásticas desses simpáticos profissionais, que muitas vezes têm o automóvel como um ‘quebra galho’ transitório.

Aprendi muito nessas conversas com eles.


(*) GABRIEL NOVIS NEVES é médico e ex-reitor da UFMT.

 

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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