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Em Janeiro estive em Sampa e no hotel em que estava hospedado vi este aviso no banheiro. Me veio à mente um querido professor que tive na época do curso de História na Universidade.
Tive o privilégio de ser aluno de um dos grandes nomes da educação em Corumbá. Professor Alexandrino Santos Mauro lecionava Língua Portuguesa. Suas aulas eram diferenciadas. Por não se ater apenas ao conteúdo, seu tempo em sala de aula virava uma vitrine de variedades. Em seu tom catedrático, Alexandrino gostava de dar pequenas dicas a respeito de quase tudo aquilo que dissesse respeito ao comportamento humano.
Cultivava um bigode sempre bem cuidado e usava óculos de grau de aros pretos, o que, para quem não o conhecesse bem, dava a impressão de ser um homem fechado e de poucas palavras.
Ao contrário. Bom de conversa e um refinado senso de humor que só os intelectuais possuem, Professor Alexandrino conseguia transmitir o conteúdo e ainda brindar os alunos com pérolas de seu conhecimento de vida.
Em uma de suas aulas o professor Alexandrino, ao observar que um aluno retornara do banheiro ainda enxugando as mãos, fez uma pausa no assunto e tascou um questionamento direcionado principalmente aos homens da sala de aula – “Vocês costumam lavar as mãos antes de urinar?”.
Todos se entreolharam, um rebuliço se formou no ambiente. As colegas visivelmente atônitas com a interrogação do mestre, falavam e riam baixinho como se também quisessem ouvir as respostas dos representantes masculinos. Lembrem-se que estávamos nos anos oitenta. O mundo e o comportamento eram outros.
A maioria que respondeu, disse lavar sempre as mãos após utilizar o sanitário. - “O que também é correto“, replicou o professor. Foi então que eu ouvi a frase que jamais me sairia da cabeça e que até hoje me acompanha quando vou ao banheiro ‘tirar a água do joelho’: - “O homem que verdadeiramente gosta de mulher lava as mãos antes de urinar!”.
Vejam vocês querid@s amig@s, é a mais pura verdade, além de ser uma lição de higiene pessoal.
Nossas mãos são o ponto de contato com o mundo. Com elas apertamos outras mãos, pegamos em maçanetas que centenas de outras mãos tocaram. Manuseamos cédulas que outras centenas de milhares de mãos já manusearam. Empurramos o carrinho no supermercado. Enfim, nossas mãos estão constantemente carregadas de agentes que nem o doutor Bactéria conseguiria definir.
Já o nosso prezado ‘amiguinho’, vamos chamá-lo assim, está protegido por duas camadas de tecido. Em geral uma calça e uma cueca. Imagine. Se não lavar as mãos antes, além de passar para ‘ele’ toda essa carga de agentes nocivos, você também poderá transmitir algo ruim para a pessoa amada. E como diz a música, “... quando a gente ama, é claro que a gente cuida...”, aprendi que devo cuidar, primeiro, da pessoa que mais amo: eu mesminho da silvassauro para poder amar em todos os sentidos a pessoa que me elegeu para estar ao seu lado.
Um ensinamento simples que me acompanha desde então. Fiquei condicionado. Se não tiver água para lavar as mãos, antes de urinar, eu travo.
Nesta narrativa falei de algo bem pessoal e íntimo e quis também homenagear alguém que me ensinou muito mais do que só língua portuguesa. Professor Alexandrino, esteja bem. Onde quer que esteja.
(*) KID NOEL é Radialista, Jornalista, Sindicalista, formado em História pela UFMS.
Tive o privilégio de ser aluno de um dos grandes nomes da educação em Corumbá. Professor Alexandrino Santos Mauro lecionava Língua Portuguesa. Suas aulas eram diferenciadas. Por não se ater apenas ao conteúdo, seu tempo em sala de aula virava uma vitrine de variedades. Em seu tom catedrático, Alexandrino gostava de dar pequenas dicas a respeito de quase tudo aquilo que dissesse respeito ao comportamento humano.
Cultivava um bigode sempre bem cuidado e usava óculos de grau de aros pretos, o que, para quem não o conhecesse bem, dava a impressão de ser um homem fechado e de poucas palavras.
Ao contrário. Bom de conversa e um refinado senso de humor que só os intelectuais possuem, Professor Alexandrino conseguia transmitir o conteúdo e ainda brindar os alunos com pérolas de seu conhecimento de vida.
Em uma de suas aulas o professor Alexandrino, ao observar que um aluno retornara do banheiro ainda enxugando as mãos, fez uma pausa no assunto e tascou um questionamento direcionado principalmente aos homens da sala de aula – “Vocês costumam lavar as mãos antes de urinar?”.
Todos se entreolharam, um rebuliço se formou no ambiente. As colegas visivelmente atônitas com a interrogação do mestre, falavam e riam baixinho como se também quisessem ouvir as respostas dos representantes masculinos. Lembrem-se que estávamos nos anos oitenta. O mundo e o comportamento eram outros.
A maioria que respondeu, disse lavar sempre as mãos após utilizar o sanitário. - “O que também é correto“, replicou o professor. Foi então que eu ouvi a frase que jamais me sairia da cabeça e que até hoje me acompanha quando vou ao banheiro ‘tirar a água do joelho’: - “O homem que verdadeiramente gosta de mulher lava as mãos antes de urinar!”.
Vejam vocês querid@s amig@s, é a mais pura verdade, além de ser uma lição de higiene pessoal.
Nossas mãos são o ponto de contato com o mundo. Com elas apertamos outras mãos, pegamos em maçanetas que centenas de outras mãos tocaram. Manuseamos cédulas que outras centenas de milhares de mãos já manusearam. Empurramos o carrinho no supermercado. Enfim, nossas mãos estão constantemente carregadas de agentes que nem o doutor Bactéria conseguiria definir.
Já o nosso prezado ‘amiguinho’, vamos chamá-lo assim, está protegido por duas camadas de tecido. Em geral uma calça e uma cueca. Imagine. Se não lavar as mãos antes, além de passar para ‘ele’ toda essa carga de agentes nocivos, você também poderá transmitir algo ruim para a pessoa amada. E como diz a música, “... quando a gente ama, é claro que a gente cuida...”, aprendi que devo cuidar, primeiro, da pessoa que mais amo: eu mesminho da silvassauro para poder amar em todos os sentidos a pessoa que me elegeu para estar ao seu lado.
Um ensinamento simples que me acompanha desde então. Fiquei condicionado. Se não tiver água para lavar as mãos, antes de urinar, eu travo.
Nesta narrativa falei de algo bem pessoal e íntimo e quis também homenagear alguém que me ensinou muito mais do que só língua portuguesa. Professor Alexandrino, esteja bem. Onde quer que esteja.
(*) KID NOEL é Radialista, Jornalista, Sindicalista, formado em História pela UFMS.
Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br
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jane aquela 17/02/2013
Concordo!!e concordo tbm que homen deve cuidar melhor da mulher mesmo que ela passe de mao em mao.Claro! Faixada nao e so pra casa ne?
jane aquela 17/02/2013
Concordo!!e concordo tbm que homen deve cuidar melhor da mulher mesmo que ela passe de mao em mao.Claro! Faixada nao e so pra casa ne?
cuiabano 17/02/2013
Vou vomitar!!!
3 comentários