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Artigos Quarta-feira, 28 de Janeiro de 2015, 16:00 - A | A

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Quarta-feira, 28 de Janeiro de 2015, 16h:00 - A | A

Aos Mestres Cuiabanos com carinho

Quanto maior o volume de recursos aplicados na Educação, menor será o volume de recursos aplicados na construção de Presídios

WILSON FUÁ



Arquivo pessoal

Os professores eram respeitados, só com a sua presença bastava. O mestre era uma espécie de um Ser superior, acima do bem e do mau, havia pouca influência dos pais no recinto escolar, eram um modelo escolar firmado no respeito, dignidade e honestidade. Os Professores além de ter um elevado e notório saber, impunham liderança própria; a figura do professor transmitia respeito e carinho aos seus alunos.

Quantos Professores passaram pelas nossas vidas e viajando no tempo, só para homenagear os Mestres Cuiabanos, citaremos alguns nomes: lá na Escola Modelo Barão de Melgaço: Profª. Terezinha; Profª. Corina; Profª. Josefina Thommen; Profª. Nélia Povoas; Profº. Veteriana e Profª. Gracildes que primavam pela educação rígida, na Escola Técnica Federal de Mato Grosso: Porfª. Edna Affi; Profª. Roseny Catharine, Profº. Floriano Carvalho; Profº. João Crisóstimo Figueiredo; Profº. Reinaldo, Profº. Pedroso; Profº. Athaide e na Universidade Federal de Mato Grosso: Profº. Adejá de Aquino; Profº. Ávila; Profº. Leonardo e Profº. Manoel Pinto.

Foram grandes professores vocacionais que nasceram para ser mestre, quantas saudades daqueles aulas preparadas e passadas com prazer pelos profissionais do ensino, e mesmo com o passar dos anos ainda nos deixaram boas lembranças em nossa formação e que muitos ensinamentos trazem-nos princípios corretos que influenciam em nossas decisões pessoais e profissionais nos dias de hoje.

Ficaram em nossas lembranças, aquela figura do mestre impondo respeito e hierarquia com o comando firme e decidido, sem vacilar em nenhum segundo impondo sua liderança nata, a maior prova disso, era quando o professor entrava na sala de aula, todos os alunos levantavam em forma de respeito e glorificação ao mestre, e ficavam em pé, até que o Professor pronunciasse o cumprimento e ordenasse que todos pudessem sentar-se.

Tive grandes mestres, certa vez, um desses educadores, na ilustração e reflexão de uma aula representativa, deu-nos uma grande lição que carregamos pelo resto da vida, disse aos alunos:

- Quem deseja esta moeda de prata?

Vários alunos levantaram as mãos, mas o mestre pediu:

- Antes de entregá-la, preciso fazer algo.

Jogou-a com toda fúria ao chão, e insistiu:

- Quem ainda quer esta moeda?

As mãos continuaram levantadas.

- E se eu fizer isso?

Atirou-a contra a parede, deixou-a cair no chão, ofendeu-a, pisoteou-a e mais uma vez mostrou a moeda – agora imunda e rasurada.
Repetiu a pergunta, e as mãos continuaram levantadas.

- Vocês não podem jamais esquecer esta cena – comentou o professor.

– Não importa o que eu faça com esta moeda, ela continua sendo uma moeda e terá sempre o seu valor monetário.

Muitas vezes em nossas vidas podemos ser amassados, pisados, maltratados, ofendidos; entretanto, apesar disso, ainda teremos o mesmo valor. O mestre cuiabano deixou esse belo exemplo da moeda, para que os alunos pudessem enfrentar situações na vida, onde alguém queira tentar diminuir o seu valor pessoal, e orientando os futuros cidadãos a saber impor-se e defender-se. E por outro lado, quando vocês estiverem prestes a fazer algo que possa levar alguém a se sentir diminuído, pense no exemplo da moeda, todos nós somos iguais e todos temos nossos valores. Nunca se esqueça deste momento representativo e reflexivo que agora vos passo, que levem para o resto das suas vidas: a dignidade, o caráter e a sabedoria, são valores morais que serão nossos escudos contra os obstáculos da vida.

Em função da nossa formação educacional que recebemos tanto familiar ou como dos mestres, tivemos o entendimento do que é ser dignos e o que é ter caráter firme, recebemos a formação para não deixar que pessoas despreparadas e truculentas pudessem diminuir a nossa essência. Tudo depende da sólida formação que recebemos na infância e na juventude, se o sistema educacional impõe o respeito aos valores morais, com certeza teremos homens conscientes, que saibam respeitar e saibam impor o que é ser justo e honesto.

Infelizmente não é isso que estamos vendo, hoje o recinto escolar educa e as famílias por não saber impor limites deseducam. Quanto maior o volume de recursos aplicados na Educação, menor será o volume de recursos aplicados na construção de Presídios.


* WILSON CARLOS FUÁH – É Economista, Especialista em Recursos Humanos e Relações Sociais e Políticas. Fale com o Autor: [email protected]

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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