Nem sempre a dor vem das grandes rupturas. Às vezes, ela se instala devagar, silenciosa, escondida nos detalhes que passam despercebidos aos olhos de quem nunca precisou se perguntar se estava sendo visto. A falta de empatia, quando presente nas nossas relações, sejam elas afetivas, familiares, profissionais ou sociais, tem o poder de nos ferir de forma sutil, mas profunda.Nem sempre a dor vem das grandes rupturas. Às vezes, ela se instala devagar, silenciosa, escondida nos detalhes que passam despercebidos aos olhos de quem nunca precisou se perguntar se estava sendo visto. A falta de empatia, quando presente nas nossas relações, sejam elas afetivas, familiares, profissionais ou sociais, tem o poder de nos ferir de forma sutil, mas profunda.
Durante muito tempo, eu não soube nomear o que sentia. Sabia que algo não estava certo, mas não era fácil explicar. Porque não era uma briga, não era um grito, não era uma rejeição clara. Era o oposto disso; era o vazio.
A empatia que faltou e os detalhes que doem.
A falta de empatia não aparece só nas grandes decisões ou nos conflitos evidentes. Ela se revela no cotidiano, nas entrelinhas, nos gestos mínimos (ou na ausência deles). E é justamente por isso que muitas vezes passa despercebida, até por quem está sendo ferido.
Ela aparece;
•No “como você está?” que nunca vem.
• No convite que não foi feito.
• Na mensagem que ficou sem resposta.
• Na conversa onde você falou, mas não foi ouvido.
• No favor que você sempre faz, mas nunca recebe.
E com o tempo, você começa a se perguntar se está esperando demais. Se está sendo sensível demais. Se não deveria apenas aceitar que “as pessoas são assim”.
Mas não. Não é exagero esperar humanidade.
Quando o outro não vê, a gente se encolhe
A ausência de empatia pode nos levar a um estado constante de vigilância emocional. Você começa a andar em silêncio, a evitar demonstrar necessidade, a tentar “não ser um peso”. E, pouco a pouco, isso se transforma em autoabandono.
Você deixa de pedir ajuda.De compartilhar o que sente. De existir por inteiro.
E o mais cruel é que, muitas vezes, o mundo ao redor continua normalmente. Ninguém percebe o que está acontecendo dentro de você, porque o que te fere não é o que é dito em voz alta, mas o que nunca é dito.
Precisamos falar sobre isso
A empatia não é um luxo, nem um detalhe. Ela é o que mantém vivas as conexões verdadeiras.É o que sustenta relações saudáveis.É o que permite que a gente exista sem ter que se esconder.
Falta de empatia não é só desatenção, é descuido emocional. E conviver com isso de forma constante faz com que a gente duvide do nosso valor, da nossa percepção, da nossa voz.
Por isso, é importante olhar pra isso com clareza.Reconhecer que você merece mais do que presença física, você merece presença emocional.
Para quem vive isso em silêncio; você não está só
Se você está cercado de pessoas que não te escutam, que não percebem seus sinais, que não demonstram interesse genuíno pelo que você sente, não é você que está esperando demais.
Você está apenas desejando aquilo que todo ser humano precisa: conexão real.
E se essa conexão não vem, talvez seja hora de voltar o olhar pra si. De se escutar. De se acolher. E de, pouco a pouco, escolher relações onde a empatia não seja uma exceção, mas o mínimo.
(*) KELLY SILVA é Jornalista e Pós GraduadaAlta Política.
Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br
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