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Artigos Terça-feira, 18 de Fevereiro de 2014, 10:41 - A | A

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Terça-feira, 18 de Fevereiro de 2014, 10h:41 - A | A

A Arena Pantanal, o pânico e o MP

Um relatório agourento elaborado por quem só escreve e pontua o que quer ver, onde a razão não tem razão, prediz a desgraça coletiva durante os jogos da Copa em Cuiabá

JORGE MACIEL






Divulgação

Respeitável público! Palmas para o Ministério Público, o MPE ... Clap, clap, clap, clap....! Abram os acortinados!


Mais uma vez, procuradores abordam as obras da Copa em mais uma investida municiada de pânico, assombração e proselitismos. Mais uma vez, caem sobre as estruturas da Arena Pantanal, o futuro palco do futebol de Mato Grosso. Já foram alvejados viadutos, pontes, trincheiras...

Um relatório agourento elaborado por quem só escreve e pontua o que quer ver, onde a razão não tem razão, prediz a desgraça coletiva durante os jogos da Copa em Cuiabá, amarrado em um incêndio controlado a tempo ocorrido em outubro do ano passado nas instalações de alvenaria simples, não estrutural, que atingiu apenas placas de isopor armazenadas no subsolo destinadas ao isolamento térmico do estádio e algumas dependências. A Mendes Júnior, construtora com mais de cinco décadas de tradição em execução de obras de alta complexidade em engenharia e segurança, usinas, pontes, estádios, unidades fabris, vias expressas etc, e os engenheiros da Secopa já dimensionaram os efeitos do aludido incêndio e concluíram que os estragos não foram significativos. Mas foram ignorados pelo poder de revulsão do MP.

Dentro do seu papel, é obvio, o Ministério Público abriu investigação, mas, extravagante, acabou de criar mais um “fato novo” desses gestados pelos que se enlevam bem mais com a ribalta e planetários do que com a situação propriamente dito. O alarde delirante dos procuradores é capaz, como foi, de instituir um sentimento coletivo de temeridade, insegurança e perplexidade.

Certamente que a partir da pessimista e maus presságios, não haverá um só cristão, ou não, que irá ao estádio sem medo de não ser vítima da “anunciada tragédia”, ser engolida por fendas gigantescas e sepultada por blocos de concreto e montões de ferragem.

Não é de hoje que o MPE e do Trabalho enchem e se expõem em eretismo duradouro: pela quinta vez se lançam contra as obras, parecendo, mais que claramente, decididos a atrapalhar, criar empecilhos e atazanar, como se fosse o ministério público do contra. Um parafuso espanado, lá vem o MPE pedir para raspar; água suja no bebedouro, o MPE pede, em alarido midiático, a oxigenação; falta de diesel na caçamba, o MPE vem cheirar; trabalhador sem receber, lá vem o MP carimbar; comida ruim lá vem o MP meter a colher. Vôte!

Posso até cometer o engano, mas não é razoável pensar que a engenharia de empresas habituadas a erguer obras de grande vulto e exatidão técnica, no Brasil e no exterior, possam na simplicidade de uma obra como a arena correr o risco de mandar para o ralo dezenas e dezenas de anos de trabalho. Não é possível que o governo do Estado, no caso a Secopa, cometa o disparate de construir uma arena esportiva como se fosse arquibancadas de rodeio de parques de periferia. É preciso bom senso, pois a divulgação de fatos como esses não apenas arranha a imagem do país e do Estado, mas, principalmente, porque incitar a calamidade pública não é mesmo missão do MP ou de qualquer órgão de controle que o valha.


* JORGE MACIEL é jornalista em Cuiabá

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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Rosenildo Marques 19/02/2014

Quem pesquisar verá que nos anos 50,quando se construiu o Maracanã,falaram horrores e ele ainda é o maior estádio do País, belo, sem problemas. Parabenizo o artigo do nobre jornalista pela visão real do caso. Me contrario aos excessos dos procuradores, que me parecem precipitados e pedantes. A Fifa ontem mesmo concluiu que está tudo em ordem. Esqueçamos o MP e vamos à frente, vamos andar com a carruagem enquanto os cães ladram

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Marcelo Mattos 19/02/2014

No caso do Engenhão, depois de inaugurada e utilizada por multidões, tiveram que refazer a cobertura com risco de desabar. Se alguma entidade responsável tivesse fiscalizado e alertado durante a construção, a população não teria corrido riscos desnecessários e o estádio de menos de 5 anos de uso construído com o dinheiro publico não estaria interditado e sem uso. É preferível errar por excesso do que por omissão.

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GEYSA SANTOS 18/02/2014

Respeito sua opin, mas o Engenhão é 1 coisa, a Arena outra. O MP tá na sua, mas deveria mostrar as rachaduras in loco, não em papel timbrado. Há , como diz o artigo precipitaçõ e muita vontade de estar na vitrine da parte do MP. É alarde mesmo

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Marcelo Mattos 18/02/2014

Parece-me que o Ministério Público Estadual nada mais faz do cumprir suas prerrogativas e obrigações legais em apurar,preservar a segurança e a integridade física dos cidadãos cuiabanos e demais possíveis frequentadores da Arena para os jogos da Copa. Antes errar por excesso do que simplesmente se eximir comodamente de suas responsabilidades. Como foi dito, o Engenhão do Pan do Rio é um bom exemplo da irresponsabilidade de gestores, construtores e outras autoridades que foram coniventes com uma obra construída sem o mínimo de cuidado e fiscalização que poderia ter causado uma grande tragédia nacional. Lembro que o MPE tentou por diversas vezes paralisar as obras do VLT pela exiguidade no prazo de construção e não conseguiu sendo que diversas vozes inclusive da Justiça Federal foram a favor deste que é um dos maiores micos dessa copa, pois o próprio governador que tanto alarde fez da obra já reconheceu que nenhum trecho estará pronto nem mesmo o do aeroporto ao centro de pouco mais de 6 km, prevendo a conclusão do trecho apenas para dezembro (não sei de que ano) quando a proposta inicial era de construir mais de 22 km para a copa. Na minha modesta opinião o MPE está correto em exercitar suas atribuições em nada extrapolando em suas ações na defesa dos interesses dos cidadãos. É a minha opinião.

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ROMEU JOSÉ 18/02/2014

MAIS UM BRILHANTE ARTIGO, EM CRÍTICA A UM ÓRGÃO QUE SE ACHA O TODO-PODEROSO. PARABÉNS, JORGE MACIEL, PELO ENFOQUE E PELA CORAGEM

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5 comentários

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