A retrospectiva, feita em março, resgatou os mais de 40 anos de carreira de Sebastião nas mais de 160 imagens. A exposição foi realizada em parceria com a Maison Européenne de la Photographie.
O artista se emocionou durante a exposição: "O dia mais feliz da minha vida foi quando completei 80 anos. Simplesmente porque eu estava aqui, eu não estava morto".
"Quantos amigos perdi, quando estava em Goma na República Democrática do Congo, durante os quatro anos em Goma. Nós éramos todos fotógrafos. Quatro fotógrafos foram assassinados, e eu estou aqui. Então, para mim, estar vivo com 80 anos é um privilégio enorme", completou.
A exposição contou com seus trabalhos realizados na África entre 1984 e 1985, sobre os danos causados pela seca e pela fome no continente. Além deste, foram relembradas coleções de fotografias sobre imigração e a série Outras Américas, cujo foco é a América Latina.
Ele também relatou um pouco de sua experiência sobre as fotografias do proletariado e da classe trabalhadora. "Fotografando trabalhadores, eu pude ver que uma outra maior revolução estava acontecendo ... Fui atrás dessa reorganização da família humana que estava acontecendo no mundo."
"Quando você olha minhas fotografias de trás para frente, você tem a impressão de que eu fui um cara malandro. Coisíssima nenhuma. Eu simplesmente me situei no momento histórico em que eu vivi", finalizou o fotógrafo.
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*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais
(Com Agência Estado)
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