Segundo os documentos apresentados pela Procuradoria, P. Diddy usava sua influência na indústria da música para atrair e recrutar mulheres jovens, muitas vezes menores de idade, sob a promessa de oportunidades profissionais. Em vez disso, elas eram submetidas a abusos físicos e psicológicos, incluindo relações sexuais forçadas, filmagens sem consentimento e consumo forçado de substâncias ilegais. As denúncias relatam episódios de violência, ameaças com arma de fogo e pagamento em dinheiro para silenciar vítimas e testemunhas.
O governo afirma que o esquema era sustentado por uma estrutura de poder que incluía assistentes pessoais, membros da equipe de segurança e parceiros de negócios. Os investigadores dizem ter reunido registros bancários, mensagens de texto, imagens de câmeras de vigilância e testemunhos que corroboram as acusações. Durante uma das buscas realizadas em março deste ano, agentes apreenderam computadores, celulares e diversos documentos em propriedades do rapper em Los Angeles e Miami.
P. Diddy nega todas as acusações e rejeitou a possibilidade de um acordo judicial, o que significa que o caso será levado a julgamento completo. Seus advogados alegam que ele é alvo de uma campanha de difamação motivada por interesses financeiros e que pretende provar sua inocência em todas as frentes. Em nota recente, a defesa disse que "nenhum crime foi cometido" e classificou o caso como "totalmente baseado em alegações falsas".
Além da investigação criminal em curso, ele enfrenta processos civis de ex-parceiras, ex-funcionários e pessoas ligadas ao seu círculo profissional. Uma das acusações mais relevantes partiu de Cassandra Ventura, conhecida como Cassie, ex-namorada do rapper, que afirmou ter sido abusada e controlada por ele durante quase 10 anos. O processo, entretanto, foi encerrado após um acordo extrajudicial, mas serviu como um dos gatilhos para novas denúncias e foi citado nos documentos federais como parte do histórico de condutas atribuídas a ele.
A seleção dos jurados deve seguir nos próximos dias. A promotoria pretende apresentar depoimentos de vítimas e testemunhas-chave, além de provas documentais que sustentem a acusação de que P. Diddy comandava uma organização criminosa com fins de exploração sexual. Se condenado, o artista pode ser sentenciado à prisão perpétua.
(Com Agência Estado)
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