"Boas ficções têm um pé no real", afirmou Heitor Dhalia, roteirista e showrunner de DNA do Crime, em entrevista ao Estadão. "Acho que, no caso específico do Brasil, ... a criminalidade chegou num nível tão impressionante que as histórias são impressionantes."
"Essa série trata um pouco do domínio de cidade que é uma modalidade brasileira. "Não existe em nenhum outro país uma referência a um tipo de crime que paralisa uma cidade ou um pedaço dela. E que subjuga as forças de segurança pelo poder bélico", disse o roteirista.
Diretor da série, Manoel Rangel concorda com o colega e vai além. Para ele, embora o brasileiro viva esses crimes como vítima ou espectador, há um desejo de entender o funcionamento do mundo criminoso. "Consumir true crime traz também a possibilidade de você vivenciar uma experiência, naquele momento, de algo que você, em sua vida, não fará nunca. Por conta de um código ético, por conta de uma conduta moral e do teu lugar na sociedade. Então, acho que isso desperta uma curiosidade profunda."
Para o cineasta, que também trabalhou em Maria e o Cangaço, Grande Sertão e A Batalha da Rua Maria Antônia, os detalhes por trás do crime organizado, que foram levados à produção por ex-integrantes do crime reformados, é "um território carregado de conflito, carregado de drama", que naturalmente desperta o fascínio do público.
.
As duas temporadas de DNA do Crime estão disponíveis na Netflix.
(Com Agência Estado)
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.