Quem a vê desfilando nas passarelas e estampando o belo rosto pelo mundo não imagina que Gisele passou por maus bocados. Quando era pequena, na escola, ela sofreu com o bullying em relação a aparência. "A menina de cabelo ruivo, o menino com sardas e, no meu caso, a magricela alta e desengonçada. Eles deveriam estar infelizes ou insatisfeitos com sua própria vida. Poderiam também estar projetando sua mágoa e seu sofrimento em mim para se sentirem menos sozinhos com a própria dor", analisa Gisele.
O trauma de infância trouxe consequências para a vida adulta. No início de carreira, a modelo se sentia "desajeitada". A cobrança excessiva da indústria da moda a fez com que tivesse crises de pânico, sinais de depressão e pensamentos suicidas.
Entre os arrependimentos, a modelo confessa que, ao fazer cirurgia para implante de silicone nos seios, ficou frustrada. "Quando a cirurgia acabou, não conseguia mais reconhecer meu corpo. Não ficou como eu imaginava. Fiquei com raiva e deprimida. Eu tinha feito alguma coisa por mim, mas basicamente para tentar agradar os outros", avalia.
Como um mecanismo de defesa, Gisele Bündchen criou uma maneira especial de lidar com o estresse e a pressão: "Aos 18 anos, numa tentativa de me proteger e evitar sofrer ou me sentir como um objeto, criei um escudo ao redor de mim mesma. O meu privado era Gisele, mas a modelo Gisele era 'ela'. Uma personagem que criei para expressar a fantasia de um estilista".
No perfil dela no Instagram em setembro, a modelo comemorou a chegada do primeiro exemplar do livro. "Acabei de receber a cópia do 'Lessons!' Não acredito que meu livro já vai ser lançado em outubro! Foi uma caminhada incrível e estou muito feliz por poder compartilhá-lo. Espero que gostem!", escreveu na legenda da foto.
(Com Agência Estado)
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