A marca que o governo Silval Barbosa (PMDB) vai deixar na sua gestão foi a pergunta feita por quase 70 dias durante a greve dos professores.
Para o presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, deputado Alexandre César (PT), o questionamento é respondido com o “o ineditismo, é marca de representar a vanguarda que o Estado de Mato Grosso tem para o país”.
Segundo ele, a negociação da greve mostra “o compromisso que o governo tem com os trabalhadores da Educação, pois por mais esforçado que seja um professor, se ele não tiver uma remuneração adequada, ele não consegue dar o seu máximo”.
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Ainda falta a sanção do governador Silval e a publicação no Diário Oficial do Estado e, pelo que foi acordado, a nova política salarial só terá validade no início de março de 2014.
NEGOCIAÇÕES
Em que pese o empenho da Assembleia nas negociações com o Sintep, o governador apenas decidiu enviar sua primeira contra-proposta aos grevistas, quase 40 dias após a paralisação, que mobilizou,segundo o Sindicato, 90% dos mais de 40 mil servidores da Educação do Estado.
Os mais de dois meses de greve expuseram a gestão Silval, que tentava capitalizar os efeitos das obras da Copa do Mundo, que terá Cuiabá como uma das cidades-sedes e outros investimentos, quase todos destinados à área de infraestrutura, como o MT Integrado.
A greve tão longa e com tamanho índice de adesão, também atingiu um “ineditismo’ negativo para o governo do peemedebista. Nunca antes, os servidores da Educação haviam ficado tanto tempo de braços cruzados por reivindicações de melhorias para a categoria.
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“A greve é parte do processo de luta, de reivindicação e acho que a mobilização e a luta fazem parte da negociação, penso que uma coisa não haveria uma coisa sem a outra, mas o governador tinha uma decisão judicial que obrigava os servidores da Educação retornarem ao trabalho”, avalia Alexandre.
Mesmo assim, o governo continuou a negociar e construiu uma proposta que foi aceita pela categoria. “A proposta aprovada na Assembleia vai ser uma referência para todas as mobilizações e reivindicações em todo pais, quanto à questão salarial dos trabalhadores da educação”, argumenta o deputado Alexandre César.
ARRANHÃO NA IMAGEM
Outros governistas, como o deputado Jota Barreto (PR), líder do governo na Assembleia, que participou diretamente das negociações para o fim da greve e o presidente do legislativo Romoaldo Júnior (PMDB), não acreditam que por ter sido tão longa, a greve dos professores tenha arranhado a imagem do governo Silval.
“Mas eu acho que houve erro na condução dessas negociações, no começo, houve teimosia tanto do governo, como do Sintep em não cederem”, avalia Romoaldo, ao observar, porém, que o que somou a favor do governo foi, em momento algum, ter recuado ou desistido de negociar com a categoria, e se colocar “sempre aberto ao diálogo”.
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