O vereador por Cuiabá, Wilson Kero Kero (Podemos), retirou sua assinatura do requerimento de abertura da Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI) do "Calote", 'enterrando' o pedido de investigação da oposição para investigar o requerimento de reparcelamento da dívida do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). O valor apontado é de R$ 165 milhões referente a pagamentos pendentes ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) dos servidores. Kero Kero justificou que a CPI já "nasceria morta", uma vez que seu objeto perderia a força com o Projeto de Lei apresentado pelo Executivo municipal para legalizar as contas.
"A CPI é algo a se buscar com bastante profundidade a investigação. Então, se vota aqui e o processo zerou, a CPI é natimorta, na minha avaliação. Por isso, se abre a CPI amanhã e vota o projeto, parcelou e pagou a primeira, morreu o objeto da CPI. Friamente analisando, não cabe, neste momento, a CPI", declarou o vereador à imprensa nesta segunda-feira (11).
Kero Kero retirou sua assinatura um dia após a última sessão ordinária da Câmara, na quarta. No entanto, o ato só recebeu publicidade no dia em que o Colégio de Líderes se reuniu para deliberar as matérias que receberão destaque nesta semana. O vereador não descarta a possibilidade de a CPI ser consumada mais à frente, ficando claro que os recursos foram utilizados para finalidades irregulares.
"A CPI já é um segundo momento. Se não fizermos, se não passarmos (o Projeto de Lei), aí a gente volta a pensar novamente nessa possibilidade. Uma coisa é má gestão, outra coisa é um desvio. Essa dívida ela existe, ela tem que ser enfrentada, tá aqui posta lá dentro, tá claro, tá o processo, tá aqui na Casa, todo vereador tem acesso a ela", disse o parlamentar.
O presidente da Câmara, Chico 2000 (PL), explicou que são necessárias nove assinaturas e, com o reposicionamento de Kero Kero, os requerimentos voltam a circular nos bastidores em busca de apoio.
“Se a CPI tivesse nove assinaturas, mesmo assim, ela teria que permanecer, na terça-feira, no plenário à disposição de outras assinaturas. Isso está previsto no regimento. Esta CPI foi apresentada na ordem do dia, então, ela está ferindo o parágrafo segundo do regimento, porque ela não está à disposição de novas assinaturas. No entanto, essa não ficará à disposição, na terça-feira, porque ela hoje tem oito assinaturas. Então, ela volta ao estado inicial para novamente ser (sic) colhidas assinaturas e novamente apresentada no Plenário", esclareceu Chico.
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