O deputado Júlio Campos (UB) pediu calma dentro do União Brasil e criticou a antecipação política para definir quem será o pré-candidato à Prefeitura de Cuiabá entre o presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Eduardo Botelho, e o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia. Campos pontuou que não há partido homogêneo, admitindo divergências internas, mas destacou a necessidade da pacificação pois, segundo ele, se o grupo se mantiver "rachado", corre o risco de não avançar para o segundo turno.
"Nós estamos pedindo calma. Eu acho que está muito precipitado a escolha, a pré-escolha do candidato. Primeiro que a eleição só é em outubro de 2024. Segundo que a janela partidária só abre em março do ano que vem. E terceiro que em 30 de março é que pode haver mudanças de partido. Então, para que essa precipitação?", questionou Júlio Campos nesta quinta-feira (17), em congresso internacional na sede do TCE.
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Apoiador declarado de Eduardo Botelho, o deputado assumiu uma fala mais branda, indicando que os correligionários refletem profundamente sobre o futuro político do partido. No entando, não escondeu que as conversações seguem nos bastidores, mas ainda sem vistas de pactuação.
"O partido tem que fazer o tudo possível para permanecer junto, unindo todas as forças políticas que hoje formam o União Brasil, que é uma composição de forças políticas. Nenhum partido é hemogêneo, nós temos lá três, duas, três correntes dentro do União Brasil", afirmou o parlamentar.
Para o deputado, há uma demanda emergencial pelo entendimento entre os correligionários, pois o grupo pode anular suas chances de assumir o Alencastro se seguir fatiado.
"O ideal é se nós estivermos unidos, nós termos chance de ir para o segundo turno e até de ganhar as eleições da Prefeitura de Cuiabá, que não vai ser fácil. Agora, se dividir, desunido, nós não vamos sequer para o segundo turno. Corremos o risco de ficar em terceiro, quarto lugar, sem uma perspectiva de disputar a sucessão de Cuiabá, sendo obrigado a apoiar, no segundo turno, outro candidato. Então, por isso, nós pedimos calma", avaliou Júlio Campos.
Além da possibilidade de não obter o apoio nas urnas, o deputado acredita que a perda de uma liderança como Botelho pode implicar em problemas para o governador Mauro Mendes (UB) em negociações com a AL.
"Eu acho que o deputado Botelho já entendeu isso, junto com o deputado Fábio Garcia. Nós temos que levar esse processo de sucessão até a final do ano, com diálogo, com bom entendimento, até porque o governo Mauro Mendes, se houver um rompimento agora, teria dificuldades maiores no Poder Legislativo", encerrou Campos.
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