O indígena mato-grossense José Acácio Serere Xavante, preso na noite desta segunda (12), em Brasília, por determinação do ministro do TSE, Alexandre Morais, por envolvimento em protestos antidemocráticos, é filiado ao Partido Patriota e já foi candidato a prefeito de Campinápolis (a 477 km de Cuiabá) em 2020.
Nas urnas, ele usava o nome "Pastor Serere Xavante". Naquela eleição, ele acabou figurando no terceiro lugar, com 689 votos. Defensor ferrenho do presidente derrotado Jair Bolsonaro (PL), José Acácio, tenta conquistar cargo político desde 2004, quando se candidatou a vereador por Nova Xanvatina (547 km de Cuiabá) representando o antigo partido PPS. As informações constam no sistema Divulga Cand Conta, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Em seu Facebook, ele faz diversas condenações à eleição do presidente diplomado Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e acusa o TSE de ter roubados votos. “Lula não foi eleito. TSE roubou os votos para LULA, houve crime Eleitoral, violaram a urna de votação”, escreveu.
“Temos denúncia fortes que os votos do irmão Bolsonaro22 foi roubados para Lula. O ladrão prova que o crime compensa. Então, é evidente. O Lula não foi eleito”, afirmou em post.
Em 13 de novembro, o pastor compartilhou vídeo intitulado Indígenas Patriotas. Na ocasião, o pastor estava em Brasília e defendeu o impeachment do ministro. “Alexandre acha que o Brasil é dele, que descondensou Lula, para roubar votos para Lula. Nós, indígenas, nós somos donos desse país. O senhor não merece ser chamado de vossa excelência. Bandido da Suprema Corte. Vai ser impeachimado e vai sair dessa função”, declarou no vídeo.
ENTENDA
A prisão do indígena mato-grossense provocou uma série de ataques na capital federal na noite de segunda-feira (12), após a diplomação do presidente eleito Luiz Inácio Lua da Silva (PT).
O pedido de prisão temporária, por dez dias, ocorreu após o indígena gravar um vídeo convocando manifestantes armados a agirem para impedir a diplomação de Lula, na tarde segunda-feira, em Brasília.
Após a prisão, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) deram início a uma série de ataques e depredaram diversos veículos estacionados próximos à sede da Polícia Federal, além de tentarem invadir o órgão.
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