O ex-vereador Ananias Filho (PR) foi eleito na manhã desta quarta (13) pela Câmara Municipal o novo prefeito de Rondonópolis para um mandato tampão até 31 de dezembro.
Ele venceu o colega Mohamed Zhaer (PDS) e o ex-vereador Juca Lemos (PT). Dos doze vereadores que participaram da sessão, nove votaram em Ananias, três em Zhaer e nenhum em Juca Lemos.
Ananias filho teve o apoio dos dois maiores partidos da cidade - PMDB e PR. A nova vice-prefeita é a jornalista Valéria Bevilácqua (PMDB) – esposa do vereador peemedebista Dr. Manoel, que foi candidato bem votado a deputado estadual em 2010.
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Votaram em Filho os vereadores republicanos Olímpio Alvis, Hélio Pichioni e José Marcio Guedes; os peemedebistas Milton Gomes, o Miltão, Lourisvaldo Manoel, o Fulô, Adonias Fernandes e Manoel da Silva Neto, o doutor Manoel; além do pepessista Reginaldo Santos e o progressista Cido Silva.
Já Mohamed Zaher (PSD) teve três votos - o seu e de seus colegas de partido Milton Mutum e João Gomes.
O prefeito e sua vice receberam o diploma da eleição em ato contínuo à Sessão Especial convocada para a realização da eleição indireta, e os dois devem ser empossados ainda hoje, em Sessão da Câmara que deve ter início às 14h00.
Em sua primeira fala após ser anunciado o resultado da eleição indireta, o prefeito reconduzido ao cargo discursou emocionado e lembrou do seu pai, o ex-vereador Ananias Martins, já falecido, e agradeceu aos colegas vereadores.
“Eu nasci aqui, sempre morei na Vila Operária, estudei em escola pública e me formei em Direito passando por todas as dificuldades inerentes a qualquer filho de trabalhador. Se cheguei até aqui, se estou onde estou, é para servir minha cidade. A partir de agora, só tenho um partido: o partido de Rondonópolis”, afirmou.
Concorrente de Filho e candidato derrotado, o vereador Mohamed Zaher prometeu que não fará oposição ao prefeito eleito indiretamente. “O quadro já estava definido antes, o resultado todos já sabiam, mas achamos importante termos a coragem de participar do processo e vamos ajudar o novo prefeito a fazer coisas boas para a cidade e fiscalizar as suas ações. Eu nunca fui pedra no caminho de ninguém e não vai ser agora que vou ser”, afirmou Zaher.
Já o petista Juca Lemos também elogiou a lisura do processo e se colocou a disposição para ajudar a cidade. “Como não temos vereador, nosso poder de negociação foi minguado, mas tivemos a oportunidade de fazer o contraponto e apresentar propostas para equacionar os gargalos que existem na cidade, e esperamos que o prefeito eleito tenha a humildade de absorver algumas das nossas idéias”, disse.
ENTENDA O CASO
A eleição indireta aconteceu em função da cassação do ex-prefeito José Carlos Junqueira de Araújo, o Zé do Pátio (PMDB), e de sua vice, a Marília Salles (PSDB), pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sob a acusação de distribuição irregular de camisetas nas eleições de 2008, quando Pátio venceu a disputa contra o também ex-prefeito Adilton Sachetti, à época filiado ao PR, e hoje no PDT.
Embora tenha sido cassado no dia 3 de maio, Pátio foi afastado de fato somente no dia 15 do mesmo mês, quando Ananias, na condição de presidente da Câmara, foi empossado no cargo por um período de 30 dias, prazo no qual teria que ser realizada uma eleição indireta para a escolha de um prefeito “tampão”.
A necessidade da eleição indireta se deu por conta de o prefeito eleito ter sido afastado após ter cumprido mais de dois anos do mandato. Nesse caso, ao invés de determinar a posse do segundo colocado nas eleições, no caso o ex-prefeito Adilton Sachetti, a Justiça Eleitoral determina que seja realizada uma eleição indireta, onde apenas os vereadores escolhem o prefeito para exercer o mandato tampão.
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