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Polícia Sábado, 10 de Agosto de 2024, 08:00 - A | A

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MOVIMENTAÇÃO DE R$ 65 MI

Quatro meses depois de deflagração da Apito Final, três alvos continuam à solta

Operação Apito Final desmantelou um esquema de lavagem de dinheiro oriundo do tráfico de drogas da facção criminosa Comando Vermelho

SABRINA VENTRESQUI
Da Redação

Quatro meses depois da deflagração da Operação Apito Final, que desmantelou um esquema de lavagem de dinheiro oriundo do tráfico de drogas da facção criminosa Comando Vermelho, três, dos 26 alvos, ainda seguem foragidos.

Um deles é Emerson Ferreira Lima, também conhecido como ‘Gordinho’ ou ‘GD’. Ele é um dos braços fortes de Paulo Witer Farias Paelo, vulgo WT’, mentor intelectual do esquema e tido como o tesoureiro do CV em Mato Grosso.

Conforme o processo judicial que autorizou a Apito Final, ‘Gordinho’ é responsável por fazer a contabilidade dos valores arrecadados pela organização criminosa. Emerson também recebe ordens diretamente das celas da Penitenciária Central do Estado (PCE) a respeito das cestas básicas patrocinadas pelo Comando Vermelho e entregues a pessoas em situação de vulnerabilidade social como forma de assistencialismo.

Uma das ordens, inclusive, foi para que Emerson adquirisse uma carretinha pra transportar os alimentos. Pelos serviços prestados à facção, ‘GD’ chegou a ser elogiado por sua lealdade e dedicação, pelos líderes do grupo criminoso que estão detidos na PCE.

Assim como os demais alvos, ‘Gordinho’ também não possui nenhuma operação lícita e mesmo assim é proprietário de um imóvel localizado no Condomínio Águas Claras, em Chapada dos Guimarães (65 km de Cuiabá).

Outro foragido é Erisson Oliveira Da Silveira. Também chamado de ‘Tchê’ ou ‘TH’, o criminoso realiza atos de ocultação de patrimônio e atua como testa de ferro de WT. Erisson tem em seu nome um apartamento no Condomínio Residencial Monza, que é, na realidade, de propriedade do tesoureiro do CV. Tanto é que credenciou familiares de ‘WT’ como moradores.

Ele também tentou comprar um apartamento registrando Cristiane Patrícia Rosa Prins, a primeira-dama de WT, como se fosse sua esposa, com o objetivo de ocultar o patrimônio de Paulo Witer.

Mesmo não tendo trabalho lícito registrado, Erisson movimentou R$ 491.354,87 em créditos e R$ 587.289,04 em débitos no período de dois anos que durou a investigação. Além disso, ele também foi responsável por comprar materiais de construção para um conjunto habitacional de propriedade de WT.

Michael Richard da Silva Almeida, primo de Emerson Ferreira Lima, também continua à solta. Ele também é considerado um dos braços fortes de WT. Sua função era recolher os valores nos pontos de vendas de drogas administrado pelo grupo criminoso.

No afastamento do sigilo bancário feito pelas autoridades, ficou demonstrado que Michael fez transações financeiras para outros alvos da Apito Final, que totalizou a quantia de R$ 321.662,25 em crédito e R$ 326.884,92 em débito, em dois anos.

Sob o comando de WT, Michael emprestou seu nome para que o líder pudesse comprar um veículo Toyota Corolla e esconder das autoridades.

Até o momento, o paradeiro dos três é desconhecido. O último alvo preso foi Clayton César Ferreira de Arruda, em 4 de julho deste ano. Ele foi capturado em Chapada dos Guimarães, escondido em uma região de chácaras no município.

Nesta semana, a Justiça mandou soltar sete envolvidos nos esquema. São eles: Maria Aparecida Coluna Almeida, Jeferson Da Silva Sancoviche, Jean Marcel Neves Conrado, Emanuele Antônia Da Silva e Andrew Nickolas Marques Dos Santos. Mas, o líder da organização criminosa e sua ‘primeira-dama’ continuam atrás das grades.

OPERAÇÃO APITO FINAL

Durante uma investigação de quase dois anos, a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) comprovou que Paulo Witer liderava um esquema de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas. Utilizando comparsas, familiares e testas de ferro, ele adquiriu bens móveis e imóveis para dar aparência legal às atividades criminosas. WT foi preso durante um jogo de futebol em Maceió, por isso, o nome da operação faz alusão a esse fato.

A operação foi deflagrada em 2 de abril com o objetivo de enfraquecer a organização criminosa, cumprindo 54 ordens judiciais e resultando na prisão de 20 pessoas, incluindo o líder do grupo.

O esquema movimentou R$ 65 milhões na compra de imóveis e veículos, além de envolver a criação de times de futebol amador e a construção de um espaço esportivo como parte das estratégias de lavagem de dinheiro.    

LEIA MAIS: Justiça manda soltar irmão de WT, braço direito e outros cinco da Operação Apito Final

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