A Secretaria de Estado de Saúde (SES) inicia nesta quinta-feira (30), a reforma do prédio do Ciaps – Hospital Adauto Botelho. O investimento será de R$ 8 milhões e a obra no prédio fundado em 1957 deverá durar dois anos e três meses. Na ocasião, também será lançado o Programa Estadual de Saúde Mental do Sistema Único de Saúde (SUS) para Mato Grosso, que traz diretrizes, objetivos, ações prioritárias e destinação de recursos para a execução da Politica de Saúde Mental estadual.
Pedro Alves- Assessoria/SES-MT
Hospital Adauto Botelho
De acordo com o diretor do Ciaps, Gilmar Fonseca, com esse investimento será possível reabrir o serviço de Pronto Atendimento, desativado há mais de cinco anos, e que vai ofertar 16 dezesseis leitos para internação de até 72 horas para pessoas com transtornos mentais e ou dependência química, e que funcionará 24 horas todos os dias, inclusive finais de semana e feriados.
Segundo Fonseca, a obra proporcionará melhores condições de trabalho aos profissionais e um atendimento mais humanizado para os pacientes. “Essa obra vem ao encontro da necessidade da população em geral e que depende do SUS para tratar de seus familiares, além dos servidores que há décadas se dedicam ao atendimento e tratamento desses pacientes”, destacou o diretor do Ciaps.
Para o funcionamento do PA, os servidores do Ciaps receberam treinamentos específicos; também receberam capacitação os servidores que atuam na área da saúde mental em Cuiabá, Várzea Grande e em Rondonópolis, informou o diretor do Ciaps.
Política de Saúde Mental
O Programa Estadual de Saúde Mental do SUS para Mato Grosso é contemplado pela Portaria 226/2018/GBSES, de 29 de agosto deste ano, e prevê como diretrizes a humanização e a dignidade da pessoa; cuidado integral com a assistência multiprofissional e atuação interdisciplinar; diversificação das estratégias da Rede de Atenção Psicossocial e com a participação e controle social dos usuários e de seus familiares.
Estão previstas ações prioritárias do Programa como a garantia de continuidade e expansão de apoio técnico de financeiro aos municípios que implantaram Centro de Atendimento Psicossocial (Caps); coordenar o planejamento regional integrado em todas as regiões de saúde; implantar o processo de desinstitucionalização dos pacientes com internações de longa permanência no Ciaps; reestruturar o Centro Especializado em Atenção à Crise do Ciaps Adauto Botelho, integrando-o à Rede de Urgência e Emergência e promover ações de educação permanente, sob a coordenação estratégica da Escola de Saúde Pública.
O município com Caps implantado e em funcionamento poderá aderir ao Programa, inclusive para a expansão e reorganização das ações e serviços mediante termo de compromisso, apresentação de plano de trabalho e projeto de aplicação de recursos.
De acordo com a Portaria, os recursos financeiros destinados ao Programa serão transferidos aos municípios mediante portaria a ser definida.
Para João Botelho, ex-diretor do Ciaps e que ajudou na elaboração do plano, as conquistas alcançadas pelo CIAPS são frutos de décadas de lutas dos próprios servidores. “Nenhum de nós vamos nos perder no caminho onde se tem uma estrada reta”, concluiu.
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