Uma rede de pessoas associadas a prática de crimes cibernéticos foi desarticulada na Operação Mão de Ferro 2, deflagrada pela Polícia Civil de Mato Grosso em parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), para cumprimento de ordens judiciais de busca e apreensão domiciliar, prisão temporária e internação de menores em 11 estados. A ação resultou na prisão de três adultos e na internação de sete adolescentes, todos suspeitos de envolvimento em delitos como indução e instigação à automutilação e ao suicídio, perseguição (stalking), produção e distribuição de pornografia infantil, apologia ao nazismo e invasão de sistemas públicos e privados.
Dos três adultos detidos, dois foram presos temporariamente nas cidades de Manaus e Urucará (AM). O terceiro foi preso em flagrante em Ribeirão Preto (SP), após ser encontrado com material de pornografia infantil. Entre os sete adolescentes apreendidos está o suposto líder do grupo, um jovem de 15 anos, localizado em Rondonópolis (212 km de Cuiabá. Os demais foram detidos nas cidades de Aquidauana (MS), Marabá (PA), Barcarena (PA), Canaã dos Carajás (PA), Itu (SP) e São Domingos (SE). No caso do adolescente apreendido em Sergipe, além da ordem de internação, foi lavrado um auto de apreensão em flagrante por ato infracional, devido à posse de conteúdo digital ilícito.
Ao todo, foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão, além dos de prisão e internação, em 11 estados brasileiros, incluindo Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Piauí, Rio Grande do Sul, Sergipe e São Paulo. As buscas ocorreram em cidades como Manaus, Fortaleza, Serra, Sinop, São Paulo, Guarulhos, Porto Feliz, entre outras.
As investigações revelaram que o grupo atuava de forma coordenada, utilizando plataformas como WhatsApp, Telegram e Discord para disseminar conteúdos de violência extrema, estimular comportamentos autodestrutivos, praticar ameaças, coação psicológica e perseguição, além de expor publicamente vítimas na maioria adolescentes.
Entre os crimes apurados estão também o acesso não autorizado a bancos de dados públicos e a promoção de discursos de ódio, incluindo apologia ao nazismo. O impacto das ações do grupo era devastador, provocando sérios danos emocionais e psicológicos às vítimas, além de colocar em risco a segurança de sistemas digitais.
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