As Polícias Civil e Militar estão engajadas na apuração do polêmico jogo da 'Baleia Azul', que tem como objetivo principal instigar o suicídio dos participantes e chegou a fazer uma vítima em Mato Grosso no município de Vila Rica (à 1106 km de Cuiabá).
Além disso, a Polícia identificou durante palestras de conscientização outros 11 participantes, entre 16 e 18 anos, no Estado. A dimensão do caso mobilizou a atuação da Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso a criar uma célula específica de inteligência para produção de conhecimento sobre o chamado "suicídio programado" disseminado pelo jogo 'Baleia Azul'.
Em coletiva, o Secretário de Segurança Pública do Estado de Mato Grosso, Roger Elizandro Jarbas, comentou a iniciativa e ressaltou a gravidade do caso bem como a importância de inserir elementos de conscientização no plano de combate contra o jogo.
"O caso da Baleia Azul tem tido, de fato, muita repercussão. É um caso muito grave que tem se alastrado com rapidez no Estado e, como medida de prevenção, a Sesp juntamente com a Polícia Civil e Militar criará uma célula de inteligência para tratar especificamente do caso de forma aprofundada. A composição dos investigadores deverá ser de trabalho para encontrar elementos que ajudem na identificação e detenção de pessoas que tem propagado o desafio na região".
Jarbas também comentou a demora na apuração dos casos, em particular de outras duas vítimas que não chegaram a concretizar o suicídio por impedimento de familiares, e sugeriu que haja monitoramento e colaboração dos responsáveis por adolescentes entre 13 e 18 anos para integrar o trabalho da polícia.
"É impossível se ter rapidez com a complexidade do caso, o fato de possuir nível nacional acaba superficializando o conhecimento dos casos em particular. É necessário analisar o todo para depois analisar o uno. Por isso é necessária a colaboração da população na denúncia, monitoramento e focos do jogo principalmente nas escolas e redes sociais a fim de agilizar o trabalho da Polícia e do núcleo de inteligência".
Vale ressaltar que a suspeita é de que o jogo teve início no Brasil no estado de Minas Gerais e há buscas pelo curador do jogo (quem iniciou a corrente) para revelação do motivo da criação do desafio. Dependendo da razão, o curador (que é uma espécie de administrador do grupo de WhatsApp) pode responder por homicídio ou por instigar o suicídio e corrupção de menores, conforme consta no Código Penal Criminal. (Colaborou Beatriz Garcia Marques).
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