Os delegados da Polícia Civil Bruno Abreu e Caio Albuquerque afirmaram, em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (12), que Alex Roberto de Queiroz Silva — um dos apontados como executor do assassinato do advogado Renato Nery — estava endividado e desesperado por dinheiro. Segundo a investigação, esse foi o principal motivo que o levou a aceitar participar do crime.
“Alex era uma pessoa muito endividada. Não tinha dinheiro sequer para colocar gasolina na moto”, relatou o delegado Caio Albuquerque.
LEIA MAIS: Morte de Renato Nery envolveu R$ 200 mil e calote aos matadores, diz polícia
Durante a coletiva, os delegados também contestaram a versão apresentada por Heron Teixeira, outro envolvido no caso, que alegou que Alex teria comprado a arma utilizada no crime no “mundo do crime”. A arma em questão, uma pistola Glock Jericho com seletor de tiro — acessório que transforma o disparo simples em rajada automática — custa mais de R$ 10 mil no mercado.
“Essa versão é totalmente inverossímil. Trata-se de uma arma pessoal, de alto valor. Não acreditamos que Alex tenha comprado nem tampouco revendido essa arma após o crime, como Heron afirma”, explicou Albuquerque. “Não é possível que ele, com dívidas com agiotas e sem dinheiro para combustível, tivesse recursos para adquirir uma arma desse porte. Não se vende uma arma como se vende uma banana.”
LEIA MAIS: Assassinato de advogado: policial e caseiro são indiciados como executores
NOVO INQUÉRITO
A Polícia Civil instaurou um novo inquérito para apurar o repasse de valores aos executores, identificar intermediários e rastrear a circulação da arma de fogo utilizada na execução. A esposa de um dos apontados como mandantes aceitou colaborar com a investigação e será ouvida acompanhada por um advogado. Já o companheiro segue negando envolvimento.
O CRIME
Renato Nery, de 72 anos, foi baleado em frente ao próprio escritório, em Cuiabá, em julho de 2024. Ele chegou a ser socorrido e passou por cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos. Desde então, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) vem realizando diligências e perícias para esclarecer o crime.
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.