Os gráficos fazem parte do cotidiano dos brasileiros. O jornalismo, seja na TV, impresso ou on-line, recorre diariamente a eles para falar sobre os números da pandemia do novo coronavírus ou para transmitir resultados de pesquisas, variação de indicadores e de preços e dados estatísticos, por exemplo.
A escolha pelo uso de gráficos é explicada pela produtora de conteúdo do Responde Aí e graduanda de Engenharia de Bioprocessos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Milena Silva de Freitas. “Os gráficos são formas visuais de organizar dados coletados, por isso servem como instrumento para detectar padrões, comparar informações dentro de um intervalo de tempo, mostrar proporção, entre muitas outras informações.
”A representação por meio de gráficos está na rotina de estudos em diferentes níveis: os alunos de ensino médio focam nele pensando nos preparativos para vestibulares ou para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Na rotina do aprendizado de cálculo, os universitários aprendem a construí-los, para aperfeiçoar o conhecimento sobre limites, derivadas e integrais, entre outros temas.
Por isso, entender como criar, como usar e como analisar as mensagens transmitidas por estas representações visuais de dados é uma competência necessária na academia e no mercado profissional.
Os tipos de gráficos mais comuns
De acordo com Milena, os tipos de gráficos mais utilizados são pizza, de barras e de dispersão. “O uso depende do objetivo da informação a ser transmitida. Por exemplo, se queremos analisar a proporção de algo em relação ao total é interessante usarmos um gráfico de pizza”. No exemplo abaixo é possível enxergar, facilmente, que há mais mulheres do que homens na sala de aula representada.
Nos casos de comparação de duas variáveis ao longo do tempo, o mais adequado é o gráfico de barras, segundo a produtora de conteúdo do Responde Aí. Na imagem abaixo, pode-se enxergar que as marcas A e B tiveram altos e baixos em vendas ao longo de quatro anos, alternando posições de liderança.
Os gráficos de dispersão são utilizados se o objetivo é ver um padrão ou uma tendência dos dados. Na imagem abaixo, é possível enxergar um padrão, uma relação linear entre x e y, que indica ascensão.
Além de reconhecer o tipo de gráfico, seu entendimento demanda desvendar detalhes que podem não estar explícitos à primeira vista. “Depois do tipo, devemos ver o que está sendo analisado: sexo de alunos, vendas de um produto, relação entre duas variáveis, etc. E por último devemos retirar o maior número de informações possíveis do gráfico: existe alguma proporção? Consegue ver algum padrão? É possível comparar duas ou mais coisas?”, aponta Milena.Ao analisar o gráfico, é importante entender o que cada eixo representa e verificar o sentido de crescimento. O vertical cresce de baixo para cima e o horizontal, da esquerda para a direita. A partir disso, é preciso identificar onde os dados devem ser colocados, para compreender o que representam os pontos de encontro ou as variações deles.
Aprendendo limites por meio de gráficos
Um dos conceitos matemáticos mais presente nos cursos de Exatas, o limite pode ser compreendido por meio de gráficos. Milena explica que, nesse conceito, há uma relação entre uma variável independente x e uma variável dependente y que torna possível construir um gráfico, semelhante ao de dispersão, em que pode-se ver como a função f(x) varia conforme a variável x.“Calcular o limite de uma função em um ponto b qualquer é o mesmo que fazer a seguinte pergunta: A qual valor a função tende quando x tende a b?”, explica. Segundo ela, a resposta pode ser visualizada analisando o gráfico da função, abaixo.
A produtora de conteúdo do Responde Aí orienta o que o estudante deve prestar atenção no gráfico. “Digamos que queremos calcular o limite da função acima quando x tende a zero. Se nós formos “caminhando” em cima da curva do gráfico, fazendo x tender a zero, vamos descobrir para qual valor a função tende e assim, podemos ver que quando x tende a zero, a função tende a 2”.
A prática é a maneira mais indicada para aprender a ler e interpretar gráficos corretamente. O estudante deve recorrer aos exercícios do professor e outras opções, como provas antigas e questões disponíveis em plataformas voltadas para Exatas. Desta forma, o aluno vai entender a lógica necessária para a análise e criar repertório para resolver provas e problemas do cotidiano de trabalho.
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