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Quarta-feira, 18 de Junho de 2025, 07h:00 - A | A

Trump ameaça aiatolá, analisa entrar na guerra e exige rendição total do Irã

CONTEÚDO ESTADÃO
da Redação

Donald Trump deu indícios nesta terça-feira, 17, de que os EUA podem entrar na guerra contra o Irã. Após enviar caças ao Oriente Médio para marcar posição, ele exigiu a "rendição incondicional" do regime iraniano, ameaçou matar o líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, e se referiu às operações de Israel usando a palavra "nós".

"Nós sabemos exatamente onde Khamenei está escondido, mas não vamos eliminá-lo. Pelo menos por enquanto", escreveu Trump, em sua rede social. Gabando-se da superioridade aérea de Israel, graças a equipamentos americanos, ele continuou. "Agora, temos controle total dos céus do Irã."

Os comentários de Trump foram feitos no momento em que Israel pressiona a Casa Branca a intervir no conflito, a única forma de acabar com o programa nuclear do Irã. O presidente tem evitado se envolver e defendeu a diplomacia.

No entanto, por mais que tenha superioridade aérea, Israel não tem capacidade de destruir as instalações nucleares cravadas no subsolo iraniano. O premiê israelense, Binyamin Netanyahu, sabe disso e tenta convencer Trump a lançar as bombas antibunkers, principalmente na usina de Fordow - Israel não tem nem as bombas nem aviões para transportá-las.

Ontem, o ministro israelense da Defesa, Israel Katz, disse que somente as bombas dos EUA poderiam destruir Fordow. "As instalações ficam tão enterradas no subsolo que seriam necessárias bombas antibunker para causar danos significativos. Uma bomba desse tipo só poderia ser lançada por um avião americano", afirmou.

Reação

Trump disse ontem que não queria um cessar-fogo, e afirmou que apenas o fim definitivo do conflito interessa. "Não estou muito disposto a negociar", disse ele, falando a repórteres no avião presidencial, após voltar mais cedo da cúpula do G7, no Canadá.

O envolvimento na guerra, no entanto, pode ser inevitável, mesmo que Trump não queira. Relatórios de inteligência dos EUA indicaram que o Irã já se prepara para atacar bases americanas no Oriente Médio - Teerã se queixa do apoio a Israel. Na segunda-feira, a Casa Branca autorizou o envio de mais de 30 aeronaves de reabastecimento para a Europa, que poderiam ser usadas na guerra.

Contra-ataque

A reação do Irã, segundo autoridades americanas, poderia vir da milícia Houthi, no Iêmen. Apoiado pelo regime iraniano, o grupo ameaça atacar novamente cargueiros no Mar Vermelho. Insurgentes xiitas no Iraque e na Síria também estariam prontos para bombardear bases dos EUA.

Outra possibilidade seria o regime transformar o Estreito de Ormuz em um campo minado, prendendo os navios de guerra americanos no Golfo Pérsico. O Pentágono colocou ontem em alerta máximo suas tropas nos Emirados Árabes, Jordânia e Arábia Saudita. Os EUA têm mais de 40 mil soldados no Oriente Médio.

"Nossos inimigos precisam saber que não podem resolver os problemas com ataques militares contra nós. Eles não conseguirão impor sua vontade ao povo iraniano", disse o chanceler do Irã, Abbas Araghchi, que responsabilizou Israel e os EUA pela guerra.

Dissidência

Entrar no conflito, porém, é um risco para Trump. Temores de envolvimento enfureceram os aliados mais radicais do presidente, que foi eleito com a promessa de manter os EUA longe das guerras. Tucker Carlson, ex-apresentador da Fox News e comentarista conservador, acusou Trump de ser "cúmplice de um ato de guerra" e criticou os "belicistas" que defendem o envolvimento direto do país.

"O foco deveria ser nos EUA. Essa foi a promessa da eleição", disse Carlson. "Tudo isso é ignorado porque o líder de um país que não tem o apoio da maioria da sua população quer adotar uma ação que inclua os EUA", afirmou, em referência a Netanyahu.

Carlson ganhou a companhia de Steve Bannon, estrategista de Trump, e de alguns congressistas de extrema direita, como a deputada Marjorie Taylor Greene e a facção libertária do Partido Republicano, liderada pelo congressista Thomas Massie, que se uniu aos democratas para apresentar na Câmara uma resolução que exige uma autorização legislativa para o presidente atacar.

Em tentativa de apagar o incêndio, o vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, se reuniu ontem com líderes republicanos para tranquilizar a bancada. Após o encontro, o senador Kevin Cramer disse que Trump não desistiu das negociações. "Ele prefere o diálogo às bombas", disse. John Thune, líder do partido no Senado, garantiu que o presidente está agindo dentro de sua autoridade. "A resolução proposta pelos democratas é prematura."

Em meio ao intenso fogo cruzado e às disputas internas, os serviços de inteligência dos EUA provocaram ontem um furo na justificativa israelense para atacar o Irã. Segundo a CNN, que ouviu quatro pessoas familiarizadas com avaliações internas, os iranianos não estavam buscando uma arma nuclear e estariam a três anos de montar uma bomba, caso quisessem.

As informações são coerentes com o testemunho ao Congresso da diretora de Inteligência Nacional, Tulsi Gabbard, em março. Ela afirmou que o Irã "não está construindo uma bomba" e disse que Khamenei "não havia suspendido o programa de armas nucleares em 2003". Questionado ontem sobre o assunto, Trump foi direto: "Não me interessa", disse. "Para mim, eles estavam perto de ter uma bomba."

Ataques

Israel e Irã continuaram ontem a trocar ataques. O Exército israelense afirmou ter matado Ali Shadmani, chefe do Estado-Maior do Irã, o mais alto comandante militar e uma das figuras mais próximas do aiatolá Khamenei. A Guarda Revolucionária afirmou que atacou um prédio do Mossad, o serviço secreto de Israel, em Tel-Aviv. A informação não foi confirmada pelos israelenses. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

(Com Agência Estado)

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