Quarta-feira, 18 de Junho de 2025
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png
dolar R$ 5,50
euro R$ 6,32
libra R$ 6,32

00:00:00

image
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png

00:00:00

image
dolar R$ 5,50
euro R$ 6,32
libra R$ 6,32

Justiça Quarta-feira, 18 de Junho de 2025, 10:48 - A | A

facebook instagram twitter youtube whatsapp

Quarta-feira, 18 de Junho de 2025, 10h:48 - A | A

“JULGAMENTO PARCIAL”

PM que matou esposa com tiro na cabeça pede mudança de local de júri por medo de “linchamento social”

Julgamento se refere a outro crime, a tentativa de assassinato de um adolescente; defesa argumenta que comoção social após novo crime compromete imparcialidade dos jurados

ANDRÉ ALVES
Da Redação

A defesa do policial militar Ricker Maximiano de Moraes, preso por matar a própria esposa com tiro na cabeça, pediu a transferência de foro para ser julgado por outro crime, a tentativa de assassinato de um adolescente em 2018. O Tribunal do Júri está marcado para o próximo dia 8 de julho de 2025.

Na petição, a defesa argumenta que o feminicídio, ocorrido em 26 de maio de 2025, gerou forte repercussão social e intensa mobilização nas redes, contaminando o ambiente local e tornando inviável um julgamento justo do crime anterior em Cuiabá. Por este motivo, pedem a transferência de comarca e sugerem o município de Rosário Oeste (104 km de Cuiabá) como local alternativo.

“É forçoso reconhecer que o réu será julgado não pelos fatos dos autos, mas por sua personalidade, havendo risco evidente de condenação baseada em estigmas sociais e morais, e não na análise técnica da prova”, diz trecho da petição.

Segundo a defesa, o policial está sendo alvo de um “linchamento moral coletivo”, com ameaças dirigidas a ele, seus advogados e familiares, além de centenas de comentários ofensivos que, conforme os advogados, “negam ao réu o direito à defesa técnica”.

Para a defesa de Ricker, manutenção da sessão do júri em Cuiabá configura violação aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e da imparcialidade do julgamento. A petição argumenta, ainda que o Código de Processo Penal autoriza o desaforamento quando houver dúvida sobre a imparcialidade dos jurados ou por interesse da ordem pública.

“Negar o desaforamento sob o argumento de que não há número expressivo de moradores ou que a repercussão não é suficientemente ampla, significa fechar os olhos para a contaminação concreta do conselho de sentença em uma cidade onde o réu já foi exposto ao linchamento moral pela comunidade, amplamente influenciada por outro crime ainda sem julgamento” diz outro trecho.

TRIBUNAL DO JÚRI

O júri marcado para o dia 8 de julho se refere a tentativa de homicídio contra Welington Vinicius de Souza Costa, ocorrida em 2018. Segundo a versão da vítima, ele e um grupo de amigos, todos menores de idade, passavam em frente à casa do militar, que discutia com a namorada. Os adolescentes estavam rindo, o que teria irritado o policial, que os abordou e, em seguida, passou a persegui-los. Welington foi baleado pelas costas e precisou ser submetido a uma cirurgia. Atualmente, enfrenta sequelas permanentes: perdeu a sensibilidade na bexiga e precisa usar sonda para urinar.

Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.

Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.

Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM  e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.

Comente esta notícia

Algo errado nesta matéria ?

Use este espaço apenas para a comunicação de erros