O Ministro Público de Mato Grosso (MPMT) ordenou que a Polícia Civil abra investigação contra o empresário A.A.B. pelos crimes de perseguição e estupro, supostamente praticados contra sua ex-esposa, de 36 anos. O crime sexual teria acontecido, de acordo a narrativa da vítima, enquanto ainda não estavam divorciados. À época, o suspeito afirmou a ela que tinha um detetive na "sua cola" e que havia um gravador de voz dentro do carro dela. "Com essas perseguições e chantagens, ele manteve a declarante presa em casa por alguns dias", consta no documento.
No termo de declaração oferecido ao MPMT, a mulher relatou diversos episódios em que se sentiu vigiada, chegando a blindar seu veículo com receio do que pudesse vir acontecer com ela. Embora a vítima tenha afirmado no documento que não tenha condições de afirmar que quem está a perseguindo seja seu ex-marido, ela também trouxe um histórico de situações constrangedoras ocorridas antes e depois do casamento, encerrado em setembro de 2021.
As situações de insegurança tiveram início, segundo a narrativa da mulher, no final de 2020, quando ela e o ex-esposo começaram as conversas sobre o divórcio, e ele começou “a ter atitudes duvidosas que lhe causaram medo e abalando profundamente seu psicológico”.
A vítima contou ainda que teve seu e-mail invadido, seu celular vasculhado, tendo todas as suas fotos sido copiadas pelo seu ex-conjuge. Em janeiro de 2021, ela descobriu, por meio da câmera de sua casa, que o ex-marido havia instalado um rastreador de ímã debaixo do seu carro.
Em outra oportunidade, ele teria imposto uma determinada forma de divisão do patrimônio à ela e, diante da sua recusa, ele teria ameaçado retirar a guarda dos filhos do casal. Diante da situação, a mulher mudou de cidade com seus filhos em busca de um pouco mais de paz. Entretanto, as perseguições voltaram a acontecer, fazendo com que ela passasse a tomar antidepressivos.
Em dezembro do ano passado, ela afirmou que percebeu que estava sendo vigiada por um homem com “movimentos suspeitos e ainda com um volume na cintura de pistola, onde teve a real sensação de estar sendo perseguida novamente”. A vítima levantou até mesmo a possiblidade do sobrinho do seu ex-esposo estar a seguindo a mando dele.
No final do mês passado, o promotor de Justiça Mauro Poderoso de Souza havia requerido, junto à Delegacia de Defesa da Mulher de Cuiabá, a instauração das investigações a respeito do crime de perseguição, embasado na narrativa da vítima. Posteriormente, na última sexta-feira (4), ele também pediu que os fatos sobre o estupro fossem apurados.
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