O ex-governador Silval Barbosa (PMDB), o ex-secretário da Fazenda, Marcel de Cursi, e o ex-chefe de Gabinete, Sivio Correa da Costa, serão interrogados novamente pela juíza da Sétima Vara Criminal, Selma Arruda, sobre a Operação Sodoma.
A magistrada deferiu o pedido das defesas dos réus em decisão publicada no Diário de Justiça Eletrônico (DJE) desta quinta-feira (13).
Conforme a decisão, a juíza atendeu ao pedido da defesa dos réus levando em conta o direito a constitucional ao contraditório, uma vez que a solicitação foi realizada após novo depoimento do ex-secretário Pedro Nadaf, também réu na ação, que fez mais revelações sobre o processo.
“Defiro o reinterrogatório do acusado Silval da Cunha Barbosa, haja vista que o seu direito constitucional ao contraditório deve ser preservado durante todo o processo, mormente quando o último interrogatório do acusado Pedro Jamil Nadaf, trouxe referências à sua pessoa”, diz um trecho do despacho.
Consta na ação que o interrogatório de Silvio foi designado para o dia 21 de outubro, Marcel de Cursi será ouvido no dia 25 e o ex-governador terá seu interrogatório no dia 4 de novembro, todos às 9h30.
Na decisão, a magistrada nega pedidos de novas diligências aos advogados e de acareação entre o depoimento do delator João batista Rosa, empresário dono da Tractor Parts, que afirmou ter pago cerca de R$ 2,5 milhões em propina para o então secretário Pedro Nadaf, a fim de garantir acesso a incentivos fiscais e o ex-secretário Pedro Nadaf e Marcel de Cursi.
“No caso dos autos é totalmente compreensível e justificável o conflito entre as declarações de Pedro Jamil Nadaf e João Batista Rosa, porquanto, estão em situações antagônicas no processo, e é inerente à natureza humana expor os fatos criminosos do modo como melhor aprouver a cada um”, diz a juíza.
Operação Sodoma
É alvo de investigações do Ministério Público Estadual (MPE) suposta organização criminosa chefiada pelo ex-governador e integrado por ex-secretários, que atuavam na cobrança de propina de empresários em troca do oferecimento de incentivos fiscais e manutenção de contratos com o Estado.
O dinheiro angariado com a cobrança era utilizado para o pagamento de dívidas de campanha, compra de bens e dividido entre os membros do grupo.
Segundo a apuração, as cobranças ocorreram durante toda a gestão de Silval Barbosa, que em suas oitivas negou qualquer envolvimento em atos ilícitos.
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