Os empresários Alan Malouf e Valdir Piran Junior, investigados na operação Sodoma 4, passaram por audiência para estabelecer medidas preventivas na tarde desta sexta-feira (30). A juíza Selma Rosane de Arruda, da Sétima Vara Criminal, determinou entre outras restrições a entrega do passaporte.
Conforme informações, ambos devem comparecer uma vez por mês no Fórum, rellatar as atividades, não manter contato com outros investigados na operação, não sair do país e recolhimento noturno.
Após a audiência, os empresários não quiseram falar sobre o assunto. A Operação Sodoma 4 investiga o desvio de dinheiro público realizado por meio de uma das três desapropriações milionárias pagas pelo governo de Silval Barbosa, durante o ano de 2014. Asinvestigações iniciaram há mais de um ano.
Alan Malouf e Vardir Junior foram conduzidos coercitivamente para prestar depoimentos, na segunda-feira (26), quando foi deflagrada a quarta fase da operação. A casa e empresa de ambos também foram alvos de busca e apreensão.
Operação Sodoma 4
De acordo com a denúncia, as diligências realizadas evidenciaram que o pagamento da desapropriação do imóvel conhecido por Jardim Liberdade, localizado nas imediações do bairro Osmar Cabral, em Cuiabál, no valor total de R$ 31.715.000,00 à empresa Santorini Empreendimentos Imobiliários Ltda, proprietária do imóvel, se deu com o propósito específico de desviar dinheiro público do Estado de Mato Grosso em benefício da organização criminosa liderada pelo ex-governador Silval da Cunha Barbosa.
Narra o documento que participaram dessa fraude, além do ex-governador Silval Barbosa, Pedro Jamil Nadaf (ex-secretário chefe da Casa Civil), Francisco Gomes de Andrade Lima Filho (procurador de Estado aposentado), Marcel de Cursi (ex-secretário de Fazenda), Arnaldo Alves De Souza Neto (ex-secretário de Planejamento), Afonso Dalberto (ex-presidente do Intermat), além do proprietário do imóvel, Antonio Rodrigues Carvalho, seu advogado Levi Machado, o empresário Filinto Müller e os empresários Valdir Piran e Valdir Piran Junior, pai e filho.
Conforme o MPE, todo o valor pago pelo Estado pela desapropriação, correspondente a 50%, ou seja, R$ 15.857.000,00, retornaram via empresa SF Assessoria e Organização de Eventos, de Propriedade de Filinto Muller, em prol do grupo criminoso.
De acordo com a investigação, a maior parte do dinheiro desviado, no montante de R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais), pertencia ao chefe Silval Barbosa, ao passo que o remanescente foi dividido entre os demais participantes, no caso os ex-secretários Pedro Nadaf, Marcel De Cursi (Fazenda), Arnaldo Alves de Souza Neto (Planejamento), Afonso Dalberto (Intermat) e o procurador aposentado, Chico Lima.
Além de diversas colaborações premiadas, confissões e análise documental ocorridas durante a investigação, que auxiliaram para desvendar o ‘modus operandi’ do esquema milionário de desvio de dinheiro público, a prova material obtida por meio dos afastamentos de sigilos bancários e fiscal corroboraram a participação de todos os envolvidos, não deixando quaisquer dúvidas quanto às respectivas atuações em mais esse esquema criminoso que sangrou os cofres públicos do Estado de Mato Grosso.
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