PSG e Bayern desembarcaram em solo americano como dois dos principais candidatos ao título e durante toda a competição não torceram o nariz para o torneio, assim como outros europeus fizeram.
Em reconstrução sob o comando do promissor técnico Vincent Kompany, os alemães são os atuais campeões nacionais, enquanto os franceses, com Luis Enrique à beira do gramado, nesta temporada comemorou a tríplice coroa, incluindo o troféu da Liga dos Campeões. Assim, quem passasse se colocaria como grande favorito à taça.
Mesmo depois de uma temporada desgastante, os jogadores de PSG e Bayern chamaram a atenção pelo ritmo frenético implementado desde os primeiros minutos. Totalmente climatizado, o moderno estádio Mecedes-Benz blindou os atletas da alta temperatura em Atlanta e foi aliado de uma grande exibição das duas equipes, com ótimas chances na primeira etapa. O atacante Doué quase abriu o placar para os franceses aos dois minutos e por pouco não mudou o roteiro da partida logo no início.
A partida se desenhou especialmente pelos lados do campo. Pelo lado do Bayern, Olise e Coman infernizaram a defesa parisiense com escapadas em velocidade e cruzamentos venenosos. O PSG, recheado de talentos, também não ficou atrás e deu muito trabalho para os alemães com jogadas individuais nas pontas e rápidos contra-ataques. Em uma das melhores chances, o habilidoso georgiano Kvaratskhelia driblou dois defensores e quase fez um golaço, mas viu o lendário goleiro Neuer se agigantar e evitar o primeiro do jogo.
Em um confronto tão equilibrado, a correta execução de uma estratégia pode ser determinante para o futuro da partida. Sabendo que o cérebro do PSG é Vitinha, os meio-campistas do Bayern colaram no volante português e obrigou o time francês a recuar para ter espaço em trabalhar a bola. Assim, os alemães conseguiam pressionar a defesa adversária e ocupar o setor ofensivo. O goleiro Donnarumma foi crucial para evitar o gol bávaro em duas oportunidades, em chute forte de Olise na grande área, e se esticando para salvar um cruzamento cujo endereço era o fundo das redes.
Antes do fim do primeiro tempo, o Bayern chegou a comemorar o gol do zagueiro Upamecano, de cabeça, mas a arbitragem assinalou corretamente o impedimento. O clima de disputa e rivalidade deu lugar a uma atmosfera de desânimo quando o Musiala, jovem craque do time bávaro e da seleção alemã, sofreu uma lesão impressionante no tornozelo esquerdo em dividida com Donnarumma.
O compasso acelerado se manteve na volta do intervalo. O PSG tentou fazer o Bayern provar do próprio veneno e passou a pressionar a saída de bola na defesa adversária. Antes mesmo de a estratégia demonstrar ser efetiva ou não, os franceses tiveram grande chance após Barcola receber sozinho em profundidade, mas o atacante parou em grande defesa de Neuer.
Apesar da saída de Musiala por lesão grave, o Bayern não esmoreceu e continuou melhor na partida. Travando o meio-campo do PSG com uma marcação implacável, os alemães continuaram ocupando o ataque e criando as melhores oportunidades, desperdiçando chances com Olise e Coman. A equipe parisiense aos poucos foi desistindo de pressionar a defesa adversária e passou a apostar em contra-ataques.
Confortável para construir as jogadas com os pés, o lendário Neuer passou a ser acionado para fazer lançamentos longos nas costas da defesa do PSG. A tranquilidade do arqueiro quase virou problema quando ele se atrapalhou e a bola sobrou para Dembelé, que entrou no segundo tempo, e bateu para a meta vazia, mas a bola saiu raspando à esquerda.
O lance animou o PSG, que subiu a marcação novamente para pressionar o Bayern. Na primeira tentativa, João Neves e recuperou bola e tocou para Doué, que acertou chute rasteiro sem chance para Neuer e colocou os parisienses na frente do placar.
Logo após o gol, o zagueiro equatoriano Pacho, que fazia ótima partida, foi expulso. O técnico Luis Enrique optou reforçar a defesa com a entrada dos zagueiros Hernandez e Beraldo, e o Bayern foi para cima. Os alemães chegaram a balançar as redes com Harry Kane, de cabeça, mas a arbitragem marcou impedimento.
A partida ganhou ainda mais contornos de tensão após Hernandez, que havia acabado de entrar, também se expulso. O Bayern tentou, apostou em bolas cruzadas, mas parou na valente defesa do PSG. No último lance, os franceses viram Hakimi disparar, driblar dois e tocar para Dembelé fazer 2 a 0 e matar a partida - ainda houve tempo para o árbitro ir ao VAR analisar um possível penal para os alemães, mas nada foi marcado.
FICHA TÉCNICA
PSG X BAYERN DE MUNIQUE
PSG - Donnarumma; Hakimi, Marquinhos, Pacho e Nuno Mendes; Vitinha, João Neves e Fabián Ruiz (Zaïre-Emery); Barcola (Dembelé), Doué (Lucas Hernández) e Kvaratskhelia (Lucas Beraldo). Técnico: Luis Enrique.
BAYERN DE MUNIQUE - Neuer; Laimer, Upamecano, Tah e Stanisic (Boey e depois Raphaël Guerreiro); Kimmich, Pavlovic (Goretzka); Olise, Musiala (Gnabry), Coman (Müller); Harry Kane. Técnico: Vincent Kompany.
GOLS - Doué, aos 32, e Dembelé, aos 50 do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS - Doué (PSG); Laimer (Bayern).
CARTÕES VERMELHOS - Pacho e Lucas Hernández (PSG).
ÁRBITRO - Anthony Taylor (ING).
PÚBLICO - 66.937 torcedores;
LOCAL - Mercedes-Benz Stadium, em Atlanta (Estados Unidos).
(Com Agência Estado)
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.