Prestes a completar 40 anos, judoca morre em Cuiabá

Mayke Toscano/Hipernoticias

Chiquinho, da Academia Detonando, elogia a trajetória do campeão brasileiro de judô

Recentemente Cuiabá perdeu um ídolo das artes marciais. Gilson Ferreira da Silva, prestes á completar 40 anos em 2012, faixa preta de judô, integrante da Academia Brasileira de Artes Marciais e membro participante da Federação Mato-grossense de Judô, morreu na Capital do Estado vítima de doenças que provém do uso excessivo de álcool.

Gilson foi campeão brasileiro de judô na década de 90 e por diversas vezes campeão estadual pela categoria, praticava o esporte por mais de 30 anos. Ainda na época de juvenil, em eventos estudantis, foi convocado à treinar a Seleção Brasileira estudantil para o evento mundial da categoria.

Para o presidente da Federação Mato-grossense de Judô, Fernando Moimaz, Gilson foi um grande profissional e mestre do Judô. "Como atleta, ele(Gilson) sempre mostrou ser uma pessoa determinada e de brio. Não sei como estava a vida familiar dele, mas no tatame ele era um verdadeiro mestre’’, lembrou o também faixa preta Fernando.

Sempre determinado á defender a arte marcial por onde passava, Gilson que completaria 40 anos no início do mês de março, foi um dos precursores do judô em Mato Grosso. Aluno de Pedro Luiz Sinohara desde os anos 80 e incentivadores que a arte marcial seja ensinada não como defesa pessoal, mas sim como um esporte olímpico, Gilson é lembrado até hoje pelos gestos de caridade que fazia.

''As vezes ele pegava os quimonos mais usados e que estavam sobrando e doava para os mais carentes da equipe. Sinais e exemplos de caráter e responsabilidades de cidadão era passado para os atletas por ele durante todos os dias de treinamento'', concluiu o presidente da Federação de Judô Fernando Moimaz.

Amigos de Gilson, que não eram de sua categoria, mas que tinham uma amizade forte com o ex-campeão, prestaram a última homenagem ao atleta na semana passada. Chiquinho Ferandes, presidente da Federação de Jiu-Jistsu do Estado e proprietária da Academia Detonando em Cuiabá, lamenta a perca do amigo. ‘’ O Gilson era uma grande pessoa. Com certeza fará falta ao cenário nacional e principalmente no Estado. Exemplo de amigo, parceiro, professor e mestre’’, lamentou Chiquinho.

 Os familiares não confirmam, mas segundo amigos do judoca, a causa da morte seria o alcoolismo. O corpo de Gilson foi sepultado no Cemitério do Porto, em Cuiabá.

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