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Especial Quinta-feira, 05 de Abril de 2012, 17:17 - A | A

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Quinta-feira, 05 de Abril de 2012, 17h:17 - A | A

AGRESSÃO

Itamaraty cobra explicações de MT sobre a prisão dos turistas argentinos

Os irmãos Ignácio Luján e Luis Marcelo Luján foram agredidos por dois policiais militares à paisana em casa noturna no centro de Cuiabá, e ficaram 5 dias presos sob alegação de furto

HÉRICA TEIXEIRA

O Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty, cobrou resposta do governador de Mato Grosso, Silval Barbosa, quanto a agressão cometida por policiais militares a dois turistas argentinos. O caso aconteceu na madrugada de sábado (31) em frente a boate Gerônimo, no centro da Capital. Os irmãos Ignácio Luján e Luis Marcelo Luján foram agredidos pelos policiais Robson Rocha e Franco Nascimento, que também estavam na casa noturna. Os turistas ficaram foram libertados na noite de quarta-feira (4).

A notícia do envolvimento do Itamarty no caso foi dada na manhã desta quinta pelo Cônsul Jurídico da Embaixada Argentina no Brasil, Gabriel Herrera, durante entrevista coletiva, na presença advogada contrata para atender os irmãos em Cuiabá, Beatriz Viana, e ainda do Ouvidor do Conselho Estadual de Defesa da Pessoa Humana, Teobaldo Witter, e do defensor público da Corte Interamericana de Direitos Humanos de Mato Grosso, Roberto Tadeu Vaz Curvo.

Mayke Toscano/Hipernoticias

Cônsul Jurídico da Agentina (e) no Brasil critica falta de preparo do Estado no caso da prisão dos seus patrícios

Porém, nenhuma autoridade estadual esclareceu em que termos foi a cobrança do Ministério das Relações Exteriores. O secretário da Casa Civil, José Lacerda, em discurso amistoso, disse que o governador quer manter o bom relacionamento com as embaixadas e confirmou que os fatos serão apurados. Sobre a manifestação do Itamaraty pedindo providências, Lacerda inicialmente confirmou que havia sido feito um contato, mas não soube precisar o teor da cobrança.

O vice-governador Chico Daltro negou nesta tarde que tenha recebido qualquer contato do caso, ao contrário do que havia sido informado ontem. “Passei o dia em Cuiabá ontem e não fui acionado sobre esse assunto. Eu recebi uma comissão do Itamaraty ano passado, quando houve o caso do estudante africano Toni Bernardo”, assegurou.

Já o secretário de Justiça e Direitos Humanos, desembargador aposentado Paulo Lessa, alegou, por telefone no final da manhã que ainda não tinha se inteirado do caso. Nisso a chamada caiu e ele não atendeu mais. Lessa negou que os argentinos tivessem permanecido no Carumbé a maior parte do tempo em que estiveram presos. Porém, eles ficaram de sábado até o final da tarde de quarta naquele local, sendo transferidos para a Polinter após a repercussão do caso na imprensa.

José Lacerda afirmou que violência em Mato Grosso é um caso isolado e que as autoridades não temem outras intervenções. “Os fatos estão sendo apurados. Quem tiver que ser responsabilizado pelos fatos terá que responder judicialmente. Os responsáveis também serão investigados internamente”, afirmou o chefe da Casa Civil, acrescentando que a Corregedoria da PM vai apurar e aplicar as sanções necessárias para o delito cometido, caso confirmado.

O secretário argumentou que preparação da cidade para receber o mundial de 2014 não fica estremecida diante dos fatos. Para ele, “a Copa do Mundo está muito bem dirigida, e tudo que aconteceu é um episódio isolado”, atestou.

Apesar da sua afirmativa sobre as providência, o Corregedor PM Jorge Catarino Moraes Ribeiro afirmou no final da manhã que ainda não havia instaurado nenhum procedimento para apurar o ocorrido, porque a Corregedoria ainda não tinha sido acionada.

O coronel Jorge Catarino evitou comentar a violência em Mato Grosso, citando que o acontecimento tem que primeiro ser apurado. “Quando chegar o pedido de representação, vamos abrir procedimento (investigatório). Temos que saber o que aconteceu. Vai ser preciso apurar os fatos e instaurar sindicância. Após isso é que vamos saber o que terá que ser feito com os policiais”, frisou.

O Corregedor também contestou a informação de que os policiais militares não estão bem treinados para o trabalho. “Preparo não falta. É preciso dividir o lado pessoal do caráter de cada um”, acrescentou ele, avaliando que os policiais não estavam em serviço no dia das agressões.

O policial Robson Rocha está lotado na cidade de Santo Antônio do Leverger. Já Franco Nascimento presta serviço na 2ª CIA do bairro Pedra 90.

Procurado por meio da assessoria de imprensa, o Itamaraty não confimou nem negou nesta quinta nenhum procedimento sobre a prisão dos artentinos em Mato Grosso.

CÔNSUL CRITICA PROCEDIMENTOS. ADVOGADA PEDE DESCULPAS POR MATO GROSSO

Durante a coletiva da manhã, o Cônsul Gabriel Herrera levantou dúvida se o Estado está preparado para receber o mundial. Para ele, falta preparo das autoridades de Mato Grosso para intervir de maneira eficiente nos assuntos relacionados a segurança e comunicação.

“As autoridades tinham obrigação de nos comunicar sobre a prisão dos argentinos. Eles apanharam e se machucaram e quem fez isso foram policiais à paisana. Eles (policiais) não têm o direito de bater em ninguém”, afirmou.

Mayke Toscano/Hipernoticias

Defensor Roberto Tadeu Vaz Curvo diz que "alerta amarelos está ligado": dois incidentes graves em seis meses

Herrera ainda denunciou que profissionais da Embaixada tentaram por várias vezes conseguir falar com as autoridades do presídio do Carumbé, mas as tentativas foram em vão. “Foram informados que o diretor (Dilton Matos de Freitas) não estava, que o adjunto (José Márcio Francisco Figueiredo) também não podia atender e a assistente social tinha muitos afazeres e não podia nos atender. A cidade se prepara para a Copa, como vai ser possível receber turistas assim?”, indagou.

Mesmo com duras críticas ao Estado e às autoridades, Gabriel Herrera disse que sua vinda a Capital de Mato Grosso foi para manter um bom relacionamento e tentar resolver o caso da maneira mais amigável possível. “Da próxima vez que uma situação destas acontecer, a embaixada tem que ser informada”.

O defensor público da Corte Interamericana de Direitos Humanos de Mato Grosso, Roberto Tadeu Vaz Curvo, classificou a prisão de “arbitrária” e também fez alerta para a cidade sobre o despreparo para a Copa.“A preocupação não tem que ser só na área infra-estrutura, mas é preciso preparar as pessoas. Em seis meses é a segunda agressão a estrangeiro. Da primeira vez o estudante da Guiné-Bissau (Toni Bernardo) foi morto. O sinal amarelo está ligado, o momento é de alerta”, argumentou.A advogada Beatriz Viana disse que seus clientes não viam a hora de deixar o Estado. Os irmãos deixaram a Capital mato-grossense nesta manhã e seguiram para Brasília, e posteriormente seguem para sua cidade - Córdoba, na Argentina.

“Eles estão decepcionados, não querem mais voltar para o Brasil. A viagem acaba por aqui”, concluiu.

A advogada também emitiu uma Carta Aberta à população nesta tarde pedindo desculpas aos argentinos em nome de Mato Grosso.

A advogada afirmou que “considero esse um caso isolado, que não pode macular a corporação, como um todo, tampouco prejudicar a imagem de Mato Grosso perante a Argentina e outros países. Tenho certeza que a maioria absoluta dos mato-grossenses sente-se representados neste singelo pedido de desculpas”.

LEIA MAIS SOBRE O CASO:

Turistas argentinos são soltos após cinco dias presos em Cuiabá; Cônsul acusa Brasil de quebra de ‘Tratado'

 

 

Álbum de fotos

Mayke Toscano/Hipernoticias

Mayke Toscano/Hipernoticias

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Cuiabano 05/04/2012

Vamos passar a maior vergonha com esta Copa. Nossos policiais acham que são deuses.

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Jusstiça Mato Grosso 05/04/2012

Esses argentinos não podem deixar o Mato Grosso, muito menos e Brasil... salvo engano eles foram presos e estão sendo processados... fazer de réus em vitima é um técnica de defesa... sempre quando envolve estrangeiros no Brasil, eles sempre tem razão sobre as leis brasileiras, desrespeitando todo nosso ordenamento jurídico... queria ver se fosse o contrário... nem da cadeia os brasileiros sairiam da argentina! Pior é que toda a imprensa da razão sem ao menos ter acesso aos documentos... foram presos na madrugada de sábado e o poder judiciário só liberou na quarta, não vi nenhum comentário a respeito...

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Fernando Gomes Silva 05/04/2012

E quem será punido? O governo de MOato Grosso deve responder,já!!

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BRÁULIO CÉSAR TODINHO 05/04/2012

NÃO TENHO MOTIVOS PARA "SER DO CONTRA" A QUALQUER CUSTO. TODAVIA, CONHECENDO BEM A POLÍCIA MILITAR DE MATO GROSSO, EU NÃO CREIO QUE OS RAPAZES ARGENTINOS TENHA INVENTADO ESSA HISTÓRIA. O RACIOCÍNIO É LÓGICO: QUE É QUE ELES IRIAM GANHAR COM ISSO.????????????????????????

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Fátima Ruzzene Balbino 05/04/2012

... Mato Grosso necessita de investimentos em segurança. Esse episódio apenas ilustra a necessidade de melhorias para a Polícia... Sou professora e líder comunitária. E, como tal, defendo maiores recursos para a segurança pública mato-grossense.

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