O ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, reafirmou nesta segunda-feira que a Argentina demorava mais de 60 dias para autorizar a entrada de produtos brasileiros. Segundo regras da OMC (Organização Mundial do Comércio) o tempo máximo para a expedição de licenças é de dois meses.
"A Argentina não está cumprindo os 60 dias, isso gera desconforto e é um problema. Em muitos casos, esse prazo já foi ultrapassado", declarou Pimentel.
Pimentel, porém, voltou a negar que a adoção de licenças não automáticas para entrada de automóveis no Brasil seja retaliação às restrições argentinas a produtos brasileiros, mas uma medida de controle a importação de carros.
Segundo o ministro, a balança comercial de carros está desfavorável ao Brasil, e a medida vai ser dirigida a todos os países exportadores de veículos. Atualmente o déficit do setor automobilístico brasileiro é de US$ 1,5 bilhão nos quatro primeiros meses do ano.
"A medida que a gente adotou não é contra nenhum país especificamente. É porque nesse momento a nossa balança está extremamente deficitária em relação a isso", afirmou.
De acordo com o ministro, apesar de a medida ser para todos os países, o problema maior é com a Argentina por ela fazer fronteira com o Brasil.
"O único país que faz fronteira com o país e que foi prejudicado é a Argentina, é o único país que tem barreira seca", afirmou.
Desde terça-feira, os importadores devem pedir licenças de importação não automáticas, após o governo impor barreiras para dificultar a vinda de carros fabricados no país vizinho. As licenças somente serão expedidas após técnicos do governo analisarem as solicitações e, com isso, podem demorar por até 60 dias.
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