O Plano Safra 2025/26 vai oferecer na temporada um total de R$ 594,4 bilhões em financiamentos para pequenos, médios e grandes produtores, 1,7% a mais do que a oferta de crédito na temporada anterior 2024/25, de R$ 584,5 bilhões. Do montante total, R$ 516,2 bilhões serão ofertados para a agricultura empresarial, incluindo recursos de Cédulas de Produto Rural (CPRs), enquanto outros R$ 78,2 bilhões foram direcionados para a agricultura familiar.
Luchi destacou que o aumento de recursos da agricultura familiar foi de 3%, enquanto na empresarial foi de 1,5%. "Se considerarmos uma inflação de 5,32% no período, são valores abaixo da inflação, ou seja, não atendem em volume aquilo que o setor pleiteou", destacou Lucchi.
Em relação aos juros, o diretor técnico da CNA destaca a manutenção das taxas de juros para financiamentos de alimentos da cesta básica da agricultura familiar, ao mesmo tempo em que houve aumento de dois pontos porcentuais nos juros cobrados de financiamentos para soja e pecuária de corte. "É uma taxa muito maior e isso mostra uma segmentação desses produtos da agricultura familiar que também precisam de crédito, mas que terão hoje uma taxa muito maior", ponderou Lucchi.
Na agricultura empresarial, a preocupação da CNA é com a elevação de juros de 8% para 10% nos financiamentos do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp). "Está havendo um distanciamento muito grande dos juros cobrados para os médios produtores ante a agricultura familiar, ao mesmo tempo em que não há aumento do limite de renda para enquadramento da agricultura familiar", apontou o diretor técnico da CNA.
Na avaliação da CNA, a atual conjuntura geopolítica e econômica demandaria um "Plano Safra robusto" para os produtores manterem investimentos na produção. "Nesse cenário adverso, nos preocupa como vai ser a condução da próxima safra", alertou Lucchi.
(Com Agência Estado)
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