"No final das contas, grandes investidores não estão olhando o que está (dentro do arcabouço) e o que não está. Eles estão olhando como vai ser a trajetória da dívida nos próximos anos", disse Campos Neto. "Eles falam: o que precisamos ver para ter déficit nominal menor para que eu consiga gerar um primário e equilibrar a dívida? Eu preciso ter um juro de ao menos 7% a 8%", disse.
O ex-banqueiro central criticou o tamanho da máquina pública vinculada ao governo federal. Segundo ele, trata-se de um "governo maior que não oferece os serviços compatíveis com outros governos desse tamanho".
Campos Neto destacou que o ritmo de gasto é muito maior do que outros e cada vez mais vai custar mais recursos.
"Precisamos repensar esse modelo. ... Existia uma crença de que um Estado maior seria eficiente e fomentaria o crescimento. Não deu certo. Já tivemos essa experiência antes e não deu certo", continuou Campos Neto. "Precisamos ter coragem para debate duro junto com governo que tenha disposição de enfrentar esse problema, com Congresso que tenha disposição e dialogar com o Judiciário, porque as coisas sempre podem ser judicializadas no País."
Segundo o ex-presidente da autoridade monetária, a taxa de juros pode não cair abaixo de 11% ou 12%.
(Com Agência Estado)
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