As auditorias independentes contratadas pelas empresas signatárias do TAC da Carne Legal apresentaram, em média, apenas 4% de irregularidades - uma taxa 13 vezes menor do que a verificada entre os frigoríficos que não realizaram auditorias, cuja média de não conformidade foi de 52%.
A JBS teve o maior número de animais auditados entre todas as empresas: foram 482.808 cabeças verificadas nos Estados do Acre, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Tocantins. Desses, apenas 1,91% apresentaram algum tipo de irregularidade. Em Estados como Rondônia e Acre, os índices de conformidade da empresa superaram 98%, com destaque para 99,4% em Rondônia.
A Minerva foi auditada em quatro Estados, com 269.974 animais verificados e nenhuma irregularidade identificada. A Marfrig, auditada com 116.326 animais em Mato Grosso, também registrou 100% de conformidade, reforçando o compromisso com os critérios socioambientais estabelecidos pelo MPF.
Ao todo, o ciclo avaliou 89 unidades frigoríficas em seis Estados da Amazônia Legal, abrangendo mais de 1 milhão de animais. Em Estados como Mato Grosso e Tocantins, frigoríficos como Vale Grande, Cooperfrigu, Masterboi e Plena também alcançaram 100% de conformidade. No Pará, Estado com maior número de frigoríficos convocados, Minerva, Agroexport, Frigol, Mafrinorte e Masterboi também atingiram a marca máxima.
No Pará, as auditorias abrangeram 81,4% do volume de animais comercializados e mostraram 8,2% de irregularidades - muito abaixo dos 58,3% identificados nas análises automáticas feitas sobre empresas que não apresentaram auditorias. Frigoríficos como Agroexport, Frigol, Mafrinorte, Masterboi, Minerva, Mercúrio e Rio Maria se mantiveram com mais de 99% de conformidade nos últimos três ciclos de auditoria.
O cenário contrasta com frigoríficos que não apresentaram auditorias. No Amazonas, a Manaós - Frigonosso teve 84% de não conformidade nas amostras auditadas. No Acre, empresas como Frisacre e Frigorífico São Sebastião, que não entregaram auditorias, apresentaram índices entre 61% e 69% de irregularidade nas análises automáticas feitas pelo MPF.
Em Mato Grosso, a empresa FrigoBom teve 18,3% de não conformidade nas auditorias, enquanto BMG Foods e Frigorífico Redentor apresentaram 52% e 49%, respectivamente, de irregularidades em análises automáticas.
Como próximos passos, o MPF pretende ajuizar ações contra empresas que permanecem fora dos compromissos, enviar ofícios a órgãos ambientais para fiscalizações prioritárias e implementar um sistema de pré-auditoria para todas as empresas. "Este segundo ciclo unificado de auditorias consolida a eficácia do TAC da Carne Legal como ferramenta crucial para a transformação da pecuária na Amazônia", afirmou o procurador da República Ricardo Negrini.
(Com Agência Estado)
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