No entanto, ela destacou que fatores externos podem influenciar essa trajetória. "A queda dos preços globais de energia e um euro mais forte podem conter a inflação, especialmente se a demanda externa cair devido a tarifas mais altas", explicou. Ao mesmo tempo, alertou que "gastos maiores com defesa podem pressionar a inflação no médio prazo".
Apesar do cenário positivo, Lagarde chamou atenção para incertezas que podem afetar a inflação. Disrupções no comércio global, como tarifas mais altas e o redirecionamento de exportações de países com excesso de capacidade, podem ter efeitos mistos. Enquanto uma queda na demanda externa poderia reduzir a pressão inflacionária, a fragmentação das cadeias de suprimento poderia elevar os preços de importação.
Além disso, eventos climáticos extremos e o aumento dos investimentos em defesa e infraestrutura podem exercer pressão ascendente sobre os preços. "Reações adversas dos mercados financeiros às tensões comerciais podem reduzir a demanda interna, também pressionando a inflação para baixo", ponderou.
Lagarde destacou que a moderação nos custos trabalhistas tem contribuído para a desinflação. "Negociações recentes indicam que essa moderação nos custos trabalhistas deve continuar", afirmou, sinalizando que a pressão salarial está diminuindo.
Em um contexto de incerteza geopolítica, Lagarde defendeu o fortalecimento da cooperação multilateral. "Instituições multilaterais e fóruns de diálogo são fundamentais para promover a estabilidade macroeconômica e financeira", disse, destacando o papel do FMI como pilar da rede de segurança financeira global.
(Com Agência Estado)
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