Além disso, a sinalização dada ontem de que o governo e o Congresso buscam alternativas ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) continua reverberando na Bolsa, segundo analistas. Espera-se que essas opções sejam apresentadas ao mercado na próxima semana.
Nesta seara, investidores digerem a prorrogação do prazo para o IOF incidente sobre aportes mensais superiores a R$ 50 mil em planos de previdência do tipo VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre).
"Há continuidade da percepção do mercado de que o governo vai recuar de alguma medida do IOF, mas o exemplo que fica é que vai amenizar o sintoma mas não encontrarão medida para a causa do problema. Existe um limite para até onde o governo pode ir", avalia Matheus Spiess, analista da Empiricus Research
A agenda de indicadores hoje é modesta, com destaque apenas a dados externos, como os índices de gerentes de compras (PMIs, na sigla em inglês) europeus e nos Estados Unidos.
Mais cedo, levantamento da ADP trouxe que o setor privado dos EUA criou 37 mil empregos em maio, aquém da previsão de geração de 130 mil postos de trabalho, enfraquecendo o dólar, os juros dos Treasuries e os índices futuros de ações. Esse movimento contaminava o dólar ante o real e a curva futura no Brasil.
Ainda que o relatório oficial do mercado de trabalho, que sairá na sexta-feira, não tenha mais tanta aderência à pesquisa ADP, eleva temores de recessão na maior economia do mundo, o que requereria mais cortes de juros, em vez dos dois estimados atualmente pelos mercados.
Logo após a divulgação, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, repetiu que o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, está "atrasado demais" e precisa reduzir a taxa de juros.
"O resultado da ADP menor do que o esperado reforça expectativa de que o payroll virá fraco, indicando desaquecimento da economia americana", avalia Bruno Takeo, estrategista da Potenza.
Desta forma, o Fed poderia promover mais quedas nas taxas básicas dos EUA, do que o esperado, o que estimularia o processo de rotação de carteiras globais, com investidores buscando ativos que estariam descontados, como o Brasil.
Ainda fica no foco a pesquisa Genial/Quaest, mostrando que os índices de aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva se mantiveram estáveis. A desaprovação oscilou de 56% em março para 57% em maio, e a aprovação foi de 41% para 40%.
Na terça, o Ibovespa fechou em alta de 0,56%, aos 137.546,26 pontos.
Às 11h17 desta quarta-feira, subia 0,88%, na máxima aos 138.742,42 pontos, após mínima de abertura aos 137.547,09 pontos, com variação zero.
Petrobras subia em torno de 0,50% seguindo o petróleo, já Vale avançava a 1,20%, na esteira do minério de ferro.
(Com Agência Estado)
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