"Fazer essa evolução - que é a discussão que nós estamos fazendo hoje com a PEC, para a gente ampliar o perímetro regulatório e que o Banco Central possa atuar de maneira adequada na supervisão, regulação e com a infraestrutura que tem com essas instituições - é uma das agendas essenciais, tanto para se criar um level playing field, quanto para que a gente possa incorporar ferramentas que vão poder atuar nas diversas situações que são necessárias", disse Galípolo.
Como mostrou a Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) na segunda-feira, 9, o BC quer rever o seu perímetro regulatório por meio da PEC 65. Pelo desenho em estudo, a regulação prudencial do mercado de capitais ficaria a cargo da autoridade monetária. A supervisão, sob responsabilidade da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A avaliação da autarquia é de que a forte migração do crédito, que passou dos balanços de bancos para o mercado de capitais, e a crescente participação de NBFIs em leilões de títulos públicos, por exemplo, exigem uma regulação mais forte, para mitigar eventuais riscos sistêmicos. Essas mudanças, disse Galípolo, se intensificaram desde 2008.
O presidente do BC repetiu que a revolução promovida no Sistema Financeiro Nacional (SFN) pelo BC e por seus parceiros exige uma atualização das ferramentas e supervisão e regulação da autarquia. Ele citou que outros bancos centrais, como Federal Reserve (Fed, dos Estados Unidos) e Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) têm se debruçado sobre o aumento da participação das NBFIs no mercado, por exemplo.
"O Banco Central vem tentando se atualizar a partir disso, mas conversa menos com o arcabouço que nós temos ali, com a institucionalidade que nós temos ali", disse Galípolo.
Ele ainda afirmou que a PEC 65 não serve como um "cheque em branco" para o BC, que tem de prestar contas à sociedade.
(Com Agência Estado)
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