Ao denunciar o caso à Delegacia de Crimes Cibernéticos, em novembro do ano passado, o PagSeguro narrou que a empresa BS Capital usou as credenciais de acesso e transferiu R$ 26 milhões das contas de suas filiais para uma conta central, sem que houvesse saldo suficiente para compensar as transações. As movimentações ocorreram entre 1 e 20 de outubro de 2024. Foram 2.696 transferências.
Em seguida, a BS Capital transferiu R$ 34,5 milhões da conta matriz que mantinha no PagSeguro para contas bancárias de titularidade da empresa em outros bancos e instituições financeiras. O PagSeguro só identificou as fraudes quando o dinheiro já havia saído de seus sistemas.
A BS Capital está registrada no nome de Bruno Gomes de Souza. No entanto, segundo o PagSeguro, Paulo Jabur Maluf se apresentou como representante da empresa em uma reunião, em novembro de 2024, na sede da fintech, em São Paulo.
Imagens das câmeras de segurança e do reconhecimento facial das catracas do edifício mostram a chegada e a saída do empresário. Segundo o PagSeguro, Paulo Jabur Maluf "não negou o ocorrido, se apresentou como o responsável pela BS Capital", e admitiu ter usado o dinheiro para "pagamento de terceiros".
"Tanto que o PagSeguro, por seus advogados, enviou uma notificação extrajudicial à BS Capital, aos cuidados de Paulo Jabur Maluf, alertando-a, mais uma vez, que os valores foram transferidos sem que houvesse saldo suficiente, à custa e sem o consentimento do Requerente, causando-lhe prejuízo milionário", diz o PagSeguro na representação.
Os advogados Daniel Bialski, Bruno Borragine, Luis Felipe D'Aloia, Gustavo Alvares Cruz, Danielly Casteluci Oliveira e André Bialski, que representam Paulo Jabur Maluf, negam que ele tenha praticado qualquer tipo de fraude. Sustentam ainda que ele explicou em depoimento a natureza das operações financeiras investigadas.
Paulo Jabur Maluf é dono da Camisaria Colombo. Foto: Reprodução/processo judicial
Os irmãos foram presos nesta quinta-feira, 21, na Operação Fractal. Os investigadores suspeitam que o dinheiro tenha sido usado para dissimular bens e valores no processo de recuperação judicial da Camisaria Colombo.
Em nota, o advogado Victor Waquil Nasralla, que representa Álvaro, informou que ele foi "absolutamente surpreendido" com a prisão temporária e que a defesa está trabalhando para "elucidar os fatos e demonstrar que ele não teve participação em qualquer ato ilícito".
COM A PALAVRA, A DEFESA DE PAULO
A defesa de Paulo Jabur Maluf NEGA que ele tenha praticado qualquer tipo de fraude e que as operações financeiras contestadas foram devidamente explicadas em seu depoimento. Acresça-se que o desacordo entre as partes ainda pende da devida prestação de contas. E, nosso cliente nunca se recusou a ressarcir eventual prejuízo. Por fim, a defesa espera a restituição da liberdade de Paulo e irá comprovar que, efetivamente, ele jamais agiu de má fé ou de forma criminosa.
COM A PALAVRA, A DEFESA DE ÁLVARO
O Sr. Álvaro Jabur Maluf, enquanto único sócio do Grupo Colombo, foi absolutamente surpreendido com a sua prisão temporária nesta data. Seus advogados já estão atuando em sua defesa para elucidar os fatos e demonstrar que não teve participação em qualquer ato ilícito. No mais, a defesa aguarda habilitação para ter acesso à integralidade da investigação.
(Com Agência Estado)
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