Ao lado de Schmid em um evento, o presidente do Fed de St. Louis, Alberto Musalem, destacou que "executivos de empresas estão tentando descobrir como lidar com a incerteza em relação às cadeias de suprimento, aos estoques e à inflação".
Ele observou ainda que "as expectativas de inflação estão subindo no curto prazo, o Produto Interno Bruto (PIB) está próximo do seu potencial, o mercado de trabalho está perto do pleno emprego e a inflação continua acima da meta de 2%".
Schmid enfatizou que o Fed precisa "ter cautela quanto ao peso que atribui aos dados qualitativos". Musalem complementou: "esses dados qualitativos, como pesquisas nossas, servem para nos dar um 'norte', mas nós temos que saber pesá-las".
Os dirigentes afastaram a possibilidade de um retorno iminente aos juros próximos de zero e defenderam uma política monetária mais previsível. Musalem avaliou que "há, no máximo, uma chance em cinco" de a taxa voltar a esse nível. Schmid, por sua vez, alertou que "nada de bom acontece" quando os juros chegam a zero e afirmou que o BC americano caminha para uma curva de juros "mais estável e normalizada", embora precise "refletir profundamente" sobre o uso do balanço nos próximos anos.
Sobre o sistema de pagamentos instantâneos que está sendo desenvolvido pelo Fed, o FedNow, Schmid afirmou que ele contará com "muitos pontos de segurança" e destacou que "provavelmente nenhum outro sistema de pagamento será desenvolvido no país pelos próximos 15 anos", o que exige comprometimento em sua implementação. Segundo o dirigente, o projeto é inspirado no Pix, sistema brasileiro de pagamentos instantâneos, cujas transações ele elogiou.
Já em relação à inteligência artificial (IA), Musalem disse ter "bastante esperança de que a IA ajude muitos setores econômicos" e afirmou que "já é possível ver a marca da IA na produtividade do país e a marca dos investimentos em IA no PIB dos EUA".
(Com Agência Estado)
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