"Nós temos que desmistificar o problema do desmatamento, desmistificar o problema dos meios de pagamento, no caso do Pix, desmistificar o problema de que talvez nós não temos as devidas cobranças na parte do Judiciário e mais outros pontos comerciais que são importantes", disse o presidente da CNI.
Alban e representantes de federações das indústrias de Estados como Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraíba, Paraná, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e São Paulo se reuniram nesta terça-feira, 2, com a embaixadora do Brasil nos Estados Unidos, Maria Luiza Ribeiro Viotti.
A reunião, na embaixada brasileira em Washington, foi para alinhar expectativas e posicionamentos para a audiência pública relacionada ao processo do USTR. Na audiência, que será realizada entre 9h e 17h, desta quarta-feira, 3, há previsão de defesa oral do embaixador Roberto Azevêdo, consultor da CNI.
A investigação do USTR, aberta em 15 de julho, abrange temas como comércio digital, serviços de pagamento eletrônico, tarifas preferenciais, proteção de propriedade intelectual, acesso ao mercado de etanol e questões ambientais (como desmatamento ilegal).
No caso do etanol, Alban frisou que a relação comercial Brasil-EUA é "de muitos anos". Ele argumentou que é possível "colocar na mesa" o fato de que os dois países são os maiores produtores de etanol do mundo, importante insumo, por exemplo, para a produção do SAF (combustível sustentável de aviação).
A entidade da indústria brasileira já apresentou posicionamento técnico ao USTR argumentando que o País não aplica práticas desleais ou discriminatórias que prejudiquem a competitividade das empresas norte-americanas e sustentou que as preocupações identificadas pelo USTR não justificam medidas restritivas ao comércio nos termos da Seção 301. "Às vezes, o papel não diz tudo, não dá toda a sensibilidade", disse Alban nesta terça.
Ricardo Alban ainda pontuou que "infelizmente" o momento atual de comércio é peculiar, porque pode haver escalonamentos que têm "muito mais" a ver com as questões políticas e geopolíticas. "Mas o que nós queremos aqui é garantir uma porta de diálogo, garantir que uma mesa de negociação possa existir e que nessa mesa os argumentos técnicos, comerciais e econômicos possam ter a sua preferência, possam ter a sua importância e com isso nós criamos alternativas para enfrentar possíveis entendimentos ou equívocos que vêm da ordem política ou geopolítica", considerou.
(Com Agência Estado)
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