Para lidar com o impasse, a Bayer contratou os escritórios Latham & Watkins e AlixPartners para avaliar estratégias, segundo fontes. Uma eventual recuperação judicial da Monsanto suspenderia os processos e permitiria tratar a responsabilidade da empresa no tribunal de falências.
A Bayer sustenta que o Roundup é seguro, citando análises da Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) e de outros órgãos reguladores. Recentemente, a empresa informou a agricultores, fornecedores e varejistas que poderá deixar de produzir o Roundup caso não consiga resolver as ações judiciais, que vêm pressionando o preço de suas ações. Os papéis da Bayer caíram cerca de 75% desde a aquisição da Monsanto em 2018.
Agricultores norte-americanos dependem do Roundup para produzir culturas como soja, milho e algodão, que são geneticamente modificadas para resistir ao produto. O Serviço Geológico dos EUA estimou que os agricultores aplicam quase 300 milhões de libras de glifosato por ano em seus campos.
Em abril, a Bayer aprovou um plano para diluir suas ações em cerca de 35% e assim levantar US$ 9 bilhões adicionais para ajudar a cobrir possíveis custos com os litígios nos EUA. A empresa anunciou no início do ano que separaria internamente o negócio do glifosato do restante de sua divisão agrícola. O chefe da divisão agrícola da Bayer, Rodrigo Santos, disse em uma conferência com investidores na quinta-feira que a empresa está comprometida em resolver o impasse judicial nos próximos 12 a 18 meses.
A Bayer, enquanto enfrenta os litígios relacionados ao Roundup, gastou milhões de dólares fazendo lobby junto a legisladores estaduais e federais para aprovar leis que possam proteger a empresa de futuras ações judiciais. A companhia também pede intervenção da Suprema Corte dos EUA, que anteriormente recusou um pedido para limitar processos alegando que o Roundup deveria conter alertas sobre o risco de câncer. A empresa afirmou esta semana que a Suprema Corte pode decidir já em junho se aceitará ou não analisar seu recurso mais recente relacionado ao glifosato. Fonte: Dow Jones Newswires
(Com Agência Estado)
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