O preço da arroba do boi gordo no norte do Estado teve uma retração e chegou ao valor mais baixo registrado desde o início do ano. A queda foi de R$ 5,50 e atual cotação é de R$ 85 a arroba, livre de impostos. Os dados são da Scot Consultoria, que apontou que em relação ao mesmo período do ano passado, a redução é de R$ 3,50.
De acordo com o Presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), José João Bernardes, a pressão dos baixos preços esta atuando praticamente desde o final do ano passado quando a oferta de fêmeas para o abate se fez de maneira mais intensa.
“Tudo isso é questão de mercado. As chuvas fora de época observadas em maio favoreceram as condições das pastagens retirando parte da pressão da oferta. Será um ano de oscilação no mercado”, afirma.
Ele explica que a variação se dará pelo aumento da opção de permanência dos bois no pasto entre os pecuaristas do Estado, restringindo parte da oferta e, consequentemente, dificultando as compras dos frigoríficos.
Com isso, apesar da ligeira redução nas escalas de abate, as indústrias do Estado ainda trabalham dentro de zona de conforto, com as escalas geralmente entre seis dias, na qual a oferta de animais terminados no interior do Estado é considerada razoável, segundo Bernardes.
Dessa maneira, o cenário para os próximos meses é de melhora devido ao aumento dos embarques em razão do movimento de desvalorização da moeda nacional em relação ao dólar. A previsão é de que o preço da arroba tenha um crescimento entre R$2,5 e R$ 2,7.
Apesar de algumas diferenças no cenário, o fato é igual ao encontrado no ano passado, quando a forte pressão de baixa foi exercida no mercado no mês de maio.
PREÇO NO VAREJO
Ainda segundo presidente da Acrimat, Bernardes, esse valor reduzido da cotação da arroba não implica em queda do valor da carne para o consumidor. Isso porque a retração não foi considerada substancial a ponto de influenciar no valor de compra do varejo.
Assim sendo, haverá uma regularidade nos preços. “Os valores permaneceram no mesmo patamar e essas alterações no preço da arroba não serão sentidas, pois não há uma maior procura pelo produto, especialmente pelas mudanças de clima que o Estado passa. Muda o clima, mudam-se a alimentação”, finaliza.
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