Nesta leitura, os dados foram mistos, com ausência de variação da confiança nas regiões Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste. No Norte houve redução para as famílias, enquanto no Sul houve aumento. No recorte socioeconômico, os resultados também não apontaram para uma direção, com recuo nas classes A-B, leve alta na C e estabilidade entre D e E.
Em relação ao entendimento das famílias sobre a situação financeira atual, foi apresentada leve melhora. Contudo, as perspectivas futuras quanto à renda e emprego indicaram moderada deterioração ante maio, com diminuição da segurança no emprego, contribuindo para a estabilidade do índice. Segundo o índice, essa piora nas expectativas adiante está atrelada à menor disposição para comprar itens de maior valor, como bens duráveis, carros e imóveis, geralmente financiados pelo crédito.
Segundo o economista da ACSP Ulisses Ruiz de Gamboa, a atividade econômica e o emprego seguem como fatores positivos, juntamente ao aumento do novo consignado e a outras transferências governamentais. "Porém, a elevada inflação de produtos básicos, o alto grau de endividamento das famílias e os efeitos negativos das altas taxas de juros sobre a atividade econômica poderão reduzir a confiança do consumidor ao longo dos próximos meses", pondera.
(Com Agência Estado)
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