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Cuiabanália Sábado, 31 de Maio de 2014, 11:25 - A | A

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Sábado, 31 de Maio de 2014, 11h:25 - A | A

CAUSOS DE ASSOMBRAÇÃO

O lenhador de Cuiabá que virava lobisomem nas noites de 6ª-feira da quaresma

Antigo funcionário da agência principal dos Correios em Cuiabá não perdia oportunidade e vivia contando histórias "aterrorizantes" ocorridas na Capital

NELSON SEVERINO


Lá pela metade da década de 70, um antigo funcionário da agência principal dos Correios em Cuiabá, que não perdia oportunidade no horário do expediente para ficar na cabine de telex batendo papo com jornalistas, entre os quais os correspondentes dos jornais de São Paulo e Rio de Janeiro, que faziam daquele departamento o QG da grande imprensa em Mato Grosso, vivia contando histórias de Cuiabá. Muitas delas, ele ouvira de seus pais e avôs, sobre os velhos tempos que a cidade se arrastava no mais completo isolamento.

Uma dessas histórias era sobre um lobisomem, um enorme animal com cara de cachorro e duas brasas acesas no lugar dos olhos, que atacou a própria esposa que o seguiu, às escondidas, aproveitando a escuridão da noite, até um cemitério da cidade. O cemitério onde o lobisomem teria sido descoberto seria o de Nossa Senhora do Carmo, no bairro Cai-Cai, onde, já quase no final do século 18, foram enterradas mais de três mil vítimas da peste que ficou conhecida como “bexiguinha”.

Imagem da Internet

No lugar do chamado “campo santo”, desativado há muitos anos – garante um velho morador do bairro Popular, vizinho do Cai-Cai –, surgiu uma igreja e uma praça pública. A história do lobisomem sempre repetida pelo funcionário dos Correios, na realidade teria tido como palco o cemitério do Porto, um dos mais antigos de Cuiabá, e não o do Cai-Cai, que só tinha covas rasas, sem túmulos.

Diz a lenda do lobisomem que a esposa do lenhador que virava lobisomem vivia desconfiada do marido, que quando chegava quaresma, passava a ter um comportamento muito estranho: saía de casa todas as noites de sextas-feiras, só retornando ao amanhecer. Nesses dias, não ia cortar lenha para vender para os seus fregueses.naqueles velhos tempos quando não existia fogão a gás, dormia o dia inteiro e nem queria saber de se alimentar.

Uma sexta-feira, quando o marido foi para a rua, a mulher, disfarçadamente, saiu em seu encalço. Quando ele entrou no cemitério, ela foi também e ficou atrás de um arbusto, de onde e viu, bem de pertinho, o marido se transformando em um cão horrível, com a cara muito peluda e com os dois olhos mais parecendo brasas acesas.

O cachorrão farejou o ambiente, percebeu sua presença e tentou atacar a mulher, mas ela subiu num túmulo bem alto e com uma cruz arrancada de uma sepultura das imediações conseguiu por o medonho bicho pra correr depois de muitas pancadas pelo corpo. Foi uma luta feroz!...

No outro dia, a esposa teve a prova definitiva que o marido virava mesmo lobisomem, conforme ela testemunhou no cemitério: enquanto ele dormia de boca aberta, a mulher viu entre seus dentes fiapos do xale de lã que usara na noite anterior para se proteger do sereno. E tratou de cair fora, sem esperar o marido-lobisomem acordar para lhe dizer adeus...

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Wander 01/06/2014

Essa história não é exclusiva de Cuiabá, quando eu era criança, nos anos 90, eu já tinha escutado a mesma história. Um pouco diferente, não tinha o cemitério.

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1 comentários

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