O governador Garcia Neto visitava Juína, como sempre acompanhado da esposa Lygia. A pequena cidade, ainda em fase de ocupação, fervilhava de gente.
Num dos deslocamentos da comitiva governamental para cumprimento da extensa programação do dia, Garcia Neto pediu para o motorista do carro que o conduzia parar perto de uma árvore de grande porte da mata que cercava o centro urbano em formação.
Todo mundo desceu dos carros para admirar a grossura da árvore. Anda para lá, anda para cá em volta da árvore, um grupo resolveu abraçá-la, formando uma corrente à sua volta para melhorar dimensionar o seu diâmetro.
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Todo mundo, inclusive dona Lygia, passou a olhar na direção da árvore de onde vinha o trinado na tentativa de ver o passarinho, que segundo moradores que conheciam a espécie, muito comum na região, era muito pequena, apesar da potência do seu trinado que ecoava longe.
De repente, dona Lygia pergunta no meio do pessoal que estava nas suas proximidades: “Como é o nome desse passarinho...?”
Foi um tal de gente ir saindo de fininho da roda e aí alguém cochichou no ouvido de Garcia Neto o nome do passarinho e que ele revelou com um sorriso e numa altura para todo mundo escutar:
– O nome do passarinho é biscateiro, Lygia...
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