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Cuiabanália Sexta-feira, 05 de Setembro de 2025, 13:34 - A | A

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Sexta-feira, 05 de Setembro de 2025, 13h:34 - A | A

NESTE SÁBADO

Fluxo de artes urbanas leva música e intervenções para UFMT

Os organizadores montaram uma grande de programação que promete marcar a história da cena cultural cuiabana

DA REDAÇÃO

O campus da UFMT em Cuiabá receberá, neste sábado (6), a primeira edição do projeto Fluxo-Artes Urbanas Multicoletivas, uma experiência que não é só evento: é ocupação, diálogo e fusão. O Fluxo - Artes Urbanas Multicoletivas nasce em um instante certo — aquele em que arte urbana deixa de ser periferia de conteúdo e se torna pulso que rege os encontros, tomam as ruas e se transforma no centro pulsante da cidade.

O projeto Fluxo, contemplado com recursos federais por meio da PNAB 2024 executada pela Prefeitura de Cuiabá, nasceu da visão de um grupo de jovens artistas e produtores culturais, uma nova geração que acumula aos seus múltiplos talentos as vivências e experiências do movimento artístico e cultural que pulsa nos bairros, nas praças, nos becos e na cena underground cuiabana.

Para quem gostou do que viu e vivenciou no Festival Calor e Cor, em que artistas locais e internacionais que ocuparam a UFMT, vai gostar e se surpreender ainda mais com o Fluxo, que oferece todo o protagonismo aos talentos locais. É a periferia fundindo-se para formar o verdadeiro centro das artes e cultura.

“É um movimento que visa mostrar a potência do grafite, da música, das artes plásticas, como demarcadores da ocupação e do pertencimento da cidade à quem vive nela. E é também um espaço-palco para a reflexão e visibilização dos olhares sobre a cidade e que se reinventam no spray, nas cores, nos sons, nas rimas, nos beats, nos debates, nas lutas”, argumenta Victor “Guma” Oliveira, um dos organizadores do Fluxo.

PROGRAMAÇÃO INTENSA E DIVERSIFICADA

Os organizadores montaram uma grande de programação que promete marcar a história da cena cultural cuiabana. Às 16h tem início o Fluxo com a pintura ao vivo inaugurando o território da presença: é a arte que acontece no agora, feita para olhos que desbravam as paisagens e o grafismo da cidade e olfatos que sentem os aromas tinta compondo universos imagéticos em tempo real.

Às 17h, o Conduta do Gueto chega com a língua da rua como verso. O hip hop cuiabano encontra novamente sua voz, já lembrada em festivais que celebraram a cultura urbana como identidade e campo de luta.

O tempo muda de frequência às 18h, no Círculo de Mulheres — roda que respira afeto, escuta e potência feminina coletiva. É a presença do feminino que subverte e reequilibra. O 'Círculo de Mulheres', apresenta performance de bonecas híbridas. O Coletivo é formado pelas atrizes Maria Clara Bertúlio que dá vida a boneca Benzedeira Rosita, Millena Machado com a Epifânia, Juliana Graziela com a Índia Ró, e a atriz convidada Duda Dal Bello como a Pachamama.

As 19h Costak entra em cena e reafirma identidade, poesia e ritmo, mistura de verbo e som que derruba muros, literalmente.

À 20h, a batalha de rap é jogo de território e verso. As ruas tomam forma de poesia e música nos improvisos, numa pulsação hip hop que já dança na memória dessas quebradas.

No circuito, o público circula entre várias de poesia, feira gastronômica e de artes: mãos que tramam poesia, criam formas e manipulam as alquimias dos alimentos, emanam afetos, aromas, cores, formas e sabores.

Artesãos expõem suas criações entrelaçando a cultura e a economia de forma criativa na cena urbana, reforçando que arte não vive apenas nos museus e galerias, mas, sim vibra e pulsa na alma da comunidade.

E às 23h, a premiação e encerramento coroam esse dia como território de memória e celebração. Não é fim — é novo sopro, nova cor, nova rua.

O FLUXO RESISTE

Este festival não só ocupa espaços, ele expande. Integra corpo, rua, gênero, história e cor. Mostra que a cidade de concreto pode ser tela de memória. Que o campus é para ser ocupado pela vida, pelos saberes e expressões da comunidade. Que a rua fala, e merece ser ouvida.

O Fluxo Artes Urbanas Multicoletivas encontra ecos em eventos semelhantes que vem ocorrendo em todo o país, onde se intensificam a presença dos artistas de rua em espaços antes reservados para outras camadas da sociedade, especialmente aquelas que dominam o centro dos poderes econômicos e políticos. Com o Fluxo, Cuiabá se mostra uma cidade mais pluralista, mais acolhedora, que pinta, rapa, dança e reivindica o reconhecimento de suas raízes, de sua ancestralidade que tem seu centro de fato e de direito nas periferias.

SERVIÇO
Fluxo Artes Urbanas Multicoletivas
Onde: Campus da UFMT, em frente ao Restaurante Universitário
Data: 6 de Setembro de 2025, das 16hs às 23h00

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