Daniel Lucas Nogueira, de 14 anos, estava em frente a sua casa, no bairro Jardim Vitória, com dois amigos, quando homens encapuzados chegaram em um carro atirando contra eles. Os três foram baleados, um está internado e dois morreram. Daniel levou um tiro na cabeça e outro no peito. Não sobreviveu.
Alan Cosme/HiperNoticias

Autoridades se reuniram para debater assassinatos de adolescentes em Mato Grosso
O crime aconteceu às 2h da madrugada e a principal linha de investigação da Polícia Civil nesse caso é “acerto de contas”. O tráfico de drogas teria feito mais uma vítima na cidade nessa semana.
O caso ilustra a crescente onda de violência cometida contra crianças e adolescentes na região metropolitana. Levantamento da Secretaria de Segurança Pública (Sesp) mostra que, nos três últimos anos, 46 adolescentes foram executados em Cuiabá e Várzea Grande. Em todo o Brasil, segundo o Mapa da Violência, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), um adolescente é morto por dia.
Os números da criminalidade envolvendo menores ascendem a luz de alerta e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) estima aponta para um cenário desolador: se nada for feito, mais de 42 mil podem perder a vida até 2019.
“A violência contra a população mais jovem coloca o Brasil em um paradoxo. O país é um caso de sucesso mundial no enfrentamento à mortalidade infantil, mas figura em segundo lugar em número absoluto de homicídios de adolescentes, atrás apenas da Nigéria”, escreveu em um artigo o representante do Unicef, Gary Stahl.
Alan Cosme/HiperNoticias

Vereador se mostra preocupado com o aumento na taxa de morte de adolescentes
Para a Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), os motivos principais para as execuções de adolescentes em Cuiabá são rixas, acerto de contas por drogas e crimes passionais. A maioria dos jovens é morta por arma de fogo, evidenciam os dados.
Para debater esse assunto, o vereador Toninho de Souza propôs um simpósio na Câmara de Cuiabá para propor a criação de um Comitê de Enfrentamento aos Crimes na Adolescência (Ceca). O objetivo, segundo o parlamentar, é investigar os motivos dos assassinatos, as histórias de vida e o ambiente afetiva, familiar e sociail dessas vitimas.
Souza aponta o número de jovens envolvidos com a criminalidade e ressalta a necessidade de projetos sociais e políticas públicas para evitar o contato com o mundo do crime, principalmente para os adolescentes do sexo masculino.
No Centro SocioEducativo de Cuiabá, mais conhecido como Complexo Pomeri, 60 garotos estão internados. Apenas seis são meninas.
“Assim como existe o projeto Siminina, que atende 17 unidades, meninas de 6 a 14 anos, que vive em situação de vulnerabilidade, também são necessário projetos para meninos com essa faixa etária. Hoje, infelizmente, os garotos são penalizados e aliciados pelos criminosos”, frisa o vereador.
A juíza Ana Cristina Silva Mendes, que é titular da 10ª Vara Criminal de Cuiabá, também defendeu a criação de projetos para que crianças não sejam deixadas nas ruas e aprendam crimes.
“Precisamos trabalhar para não perder o nosso futuro. Eu apoio a criação de projetos para meninos. Esses que são presos com drogas, armas, fazendo assaltos e até matando, não tem oportunidade dentro de casa e talvez nem estudem. Por isso precisamos de escolas em período integral e projetos educacionais para esses menores. Se isso não acontecer, teremos cadeias lotadas e centros socioeducativos abarrotados de menores, que não terão futuro”, disse a magistrada.
O assunto do simpósio realizado na Câmara de Cuiabá deve ser levado para as escolas e até o gabinete do prefeito de Cuiabá. “Já temos uma resposta positiva da Prefeitura e vamos levar esse projeto aos bairros e de maneira rápida tentar implantar projetos para evitar novos crimes contra adolescentes em Cuiabá”, concluiu o vereador.
O caso do Jardim Vitória, que foi narrado no começo do texto, está sendo investigado pelo delegado Antônio Carlos Araújo, que preferiu não passar detalhes dos trabalhos, principalmente por conta do caso ser muito recente e ter poucas informações. O que se sabe é que um provavel grupo de extermínio esteja atuando em Cuiabá.
No Brasil, um dos casos mais recentes que envolve menores de idade, aconteceu em São Paulo. Um garoto, de apenas 10 anos , foi morto por policiais durante confronto. Ele teria roubado um carro na Vila Andrade, na zona sul da capital paulista. Outro menino que o acompanhava no veículo, também menor (11 anos), foi apreendido e levado para prestar depoimento.
O caso vai além do crime, pois o pai da criança morta é presidiário e a mãe deixou a cadeia há sete meses. As crianças viviam na rua e praticavam pequenos furtos na região, ou seja, já mantinham relacionamento forte com o crime desde cedo.
Em Cuiabá, no ano de 2014, duas adolescentes foram mortas a pauladas no bairro Jardim Umuarama. Elas foram vítima de homicídio motivado por paixão e o autor do crime está solto.
No pedra 90, um adolescente de 16 anos foi morto a pedradas após se envolver em uma briga num campo de futebol. Ele foi apedrejado até a morte por intolerância. O crime foi cometido por outro menino de 16 anos, que segue foragido.
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Carlos Nunes 18/06/2016
O maior indicador social do país é...em cada cidade brasileira, em cada bairro, tem uma porção de bocas de fumo; de vez em quando os traficantes se desentendem e matam um ou outro; matam também quem faz dívida com droga e não paga a conta. Também o governo federal, em vez de fechar estrategicamente as nossas fronteiras, torrou o dinheiro em um mês e meio de Copa 2014, agora em 17 dias de Olimpíadas. A FIFA, sem meter a mão no bolso para nada, saiu com um lucro superior aos 5 BILHÕES DE DÓLARES, isenta da pagamento de impostos...agora a Comissão Olímpica Internacional (COI) vai sair também com tantos BILHÕES DE REAIS de lucro, igual a FIFA - eles vem pró Brasil e saem com o bolso cheio. Enquanto isso...as fronteiras continuam abertas, entrando Drogas e Armas a vontade. Vôte!
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