Mato Grosso obteve a quinta posição entre as 27 unidades federativas do país no ranking das maiores taxas de fecundidade, de acordo com os dados do Censo Demográfico 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Estado apresentou uma taxa de 1,85 filho por mulher, acima da média nacional de 1,55. À frente do estado ficaram Roraima (2,2), Amazonas (2,1), Acre (1,9) e Amapá (1,9).
Quando observado o perfil específico das mulheres entre 15 e 49 anos, as pardas se destacam como o grupo com maior participação nos nascimentos, sendo responsáveis por 58,8% de todas as crianças nascidas no Estado durante os 12 meses de referência do levantamento.
Esse grupo representa 57,4% da população feminina mato-grossense. Entre as mulheres brancas, Mato Grosso também se sobressaiu: apesar de representarem 31% da população feminina, as mato-grossenses brancas registraram o maior percentual de nascimentos do país nessa faixa racial, com 27,3% dos partos.
Os dados do IBGE ainda apontam que mulheres com menor escolaridade, sem instrução, ensino fundamental incompleto ou apenas ensino médio, tiveram, em média, mais filhos, atingindo uma média de 2,1 filhos por mulher, valor superior ao nível de reposição populacional (2,1).
MUDANÇA NO PERFIL ETÁRIO
A idade média em que as mulheres têm filhos também apresentou alteração. Em 2022, as mato-grossenses passaram a ter a primeira gestação mais tarde: a média subiu de 25 anos em 2010 para 27 anos em 2022, aumento de 1,5 ano. Com isso, o Estado figura entre os dez com menor índice de fecundidade mais jovem do país.
Outra tendência identificada na comparação entre os censos de 2010 e 2022 é o crescimento da proporção de mulheres entre 50 e 59 anos que nunca tiveram filhos vivos, que passou de 8,3% para 13,6%, seguindo movimento verificado em todas as unidades federativas.
TAXA DE FECUNDIDADE
A fecundidade é um indicador fundamental para analisar como a população de uma região evolui ao longo do tempo. A taxa de fecundidade total expressa o número médio de filhos que um grupo de mulheres teria até o fim de seu período fértil, considerando a quantidade de nascimentos em relação ao total de mulheres em idade reprodutiva.
Essa medida influencia diretamente a estrutura etária, o ritmo de crescimento populacional e o envelhecimento de uma sociedade.
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