A taxa de mortes violentas na Amazônia Legal é 45% superior à média nacional, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. De acordo com o relatório que considera dados de 2022, Mato Grosso tem quatro das 10 cidades mais violentas situadas no bioma. O Pará lidera a lista com seis das 10 cidades mais violentas da Amazônia. Nas cidades mato-grossenses, os conflitos oriundos da mineração e a guerra entre as facções criminosas e Comado Vermelho são os fatores que aparecem em primeiro lugar como causas.
Em Aripuanã (957 a noroeste de Cuiabá), primeio município de Mato Grosso a aparecer no ranking e terceiro lugar geral, o índice chegou a 121,8 mortes violentas para cada grupo de 100 mil habitantes, considerando dados de 2020 a 2022. O valor é 5,2% superior à média nacional, de 23,3 mortes violentas a cada 100 mil habitantes.
Além de Aripuanã, aparecem na lista os municípos de Alto Paraguai (199 km ao norte da Capital), em quarto lugar no ranking, com 110 mortes violentas a cada 100 mil habitantes. São José do Rio Claro (296 km ao norte de Cuiabá) aparece em oitavo lugar e Nova Maringá (367 ao norte da Capital) na 10ª posição. Os índices de mortes violentas por grupo de 100 mil habitantes é de 99,5 e 90,3 respectivamente.
Em Aripuanã, o relatório destaca a ascensão do garimpo ilegal desde 2018 com 'cidades paralelas' se formando com milhares de garimpeiros em busca de ouro e, consequentemente, o crescimento de outros crimes como a exploração sexual.
O documento também aponta Alto Paraguai como cidade estratégica para o tráfico internacional de drogas, além da questão histórica da extração de ouro e diamante de forma ilegal. São José do Rio Claro e Nova Maringá ganham destaque por ter se tornado palcos do conflitos que se estabeleceram entre Comando Vermelho e PCC. Os dois municípios são adjacentes à BR-163, principal corredor de escoamento da produção agropecuária mato-grossense, disputado pelo tráfico de drogas.
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